O presente estudo buscou perceber os impactos das mudanças climáticas na perspetiva de género, também são refletidos neste ensaio, estratégias de adaptação que promovem a resiliência climáticas da mulheres. O estudo é qualitativo baseado em entrevistas semiestruturadas e grupos focais de discussão e analisa a perceção dos impactos pelas mulheres na comunidades periféricas no município de Inhambane. Os resultados da pesquisa mostram que neste caso, Os resultados indicam para baixa qualificação escolar, habitação precária; atividade económica maioritariamente dependente da agricultura e da pesca o que de certa forma acentua a vulnerabilidade a eventos climáticos extremos. Conclui-se que os impactos não são percebidos de igual modo entre os homens e mulheres, sendo que os homens por possuírem ocupações menos dependentes do recursos naturais como em prestação de serviços ou outros relacionados devido a relativa qualificação vocacional comparado as mulheres percebem menos os impactos, entre as mulheres nesta região os efeitos climáticos são mais percebidos nas limitações de acesso aos meios de vida e geração de renda. No contexto de estratégias para adaptação, o turismo se mostra como um dos sectores de atividade económica com possibilidade diversificação de fontes rendas menos dependentes dos recursos naturais e que agrega valor aos chamados “trabalho feminino” uma vez que Inhambane constitui um dos destinos turístico apreciado a nível nacional e internacional.

PALAVRAS-CHAVE: Mudanças climáticas, desigualdade de género, resiliência das mulheres