A malária é uma das doenças mais importantes causada por mosquitos e, grande parte de óbitos ocorre em crianças menores de 5 anos.  Repelentes de mosquitos são um dos meios de prevenção da malária, sendo os sintéticos mais eficazes, porém apresentam alguns efeitos colaterais e alto custo de aquisição para as populações mais carenciadas. Esses factos levam ao desenvolvimento de repelente a base de plantas e que são de baixo custo, nesse sentido os óleos essenciais têm sido muito estudados e apresentam actividade repelente de mosquitos, mas apresentam alta volatilidade a temperatura ambiente o que os torna menos eficazes em relacção aos repelentes sintéticos.  Técnicas como microencapsulamento e incorporação em matrizes poliméricas são usadas para a libertação controlada dos óleos essências e assim aumentar os tempos de protecção, entretanto, é importante conhecer a estabilidade térmica e o processo de evaporação do óleo essencial para ser usado em matrizes poliméricas. Desta forma, foram determinadas as temperaturas de estabilidade, volatilidade e o potencial repelente dos óleos essenciais de Lantana camara L., Ocimum africanum Lour. e Ocimum americanum L. Os componentes maioritários dos óleos essenciais foram o sabineno, Humuleno e estragole, determinados por GC-MS, mostraram estabilidade por TGA de ate 80.10, 73.70 e 69.05 ^oC para óleo essencial de Ocimum americanum L., Ocimum africanum Lour. e Lantana camara L., e entalpia de evaporação de 30.40, 29.38 e 21.03 kJ/mol, respectivamente. Os óleos apresentam tempo de evaporação de 145.00, 67.00 e 142.00 min e o óleo essencial de Ocimum africanum L. o mais volátil com maior velocidade de evaporação. Com os dados de energia de activação verificou-se que o óleo essencial de Ocimum americanum L. é mais estável, o que concorda com a TGA e DSC. Por Wind tunnel Olfactometer, o óleo essencial de Lantana camara L. apresentou maior capacidade de activação de sensores olfactórios do mosquito Anopheles s.s. ou actividade repelente em relacção aos óleos de Ocimum africanum Lour. e Ocimum americanum L. os últimos oferecem fraca activação de sensores olfactórios causando baixa actividade repelente.