Última alteração: 2023-08-03
Resumo
Autores: J. BOQUE1*, P. RAMGI1, L. CHAMBULE1, O. BULE1, E.NHACULE 1; A.BARATA1; M .JOÃO.1 E. SEVENE2; R. CHISSUMBA1
- Instituto Nacional de Saúde, Moçambique
- Faculdade de Medicina, Universidade Eduardo Mondlane, Moçambique
- Ministério da Saúde, Moçambique
* Autor responsável pelo resumo.
Introdução: Dados sobre a segurança e a imunogenicidade das vacinas contra COVID-19 em África são escassos. A insegurança em relação aos eventos adversos e mitos sobre as vacinas da COVID-19, constituíram uma preocupação dos Governos Africanos durante a implementação. O objectivo do estudo foi de avaliar a segurança após a administração da BBIBP-CorV.
Métodos: Foram seguidos profissionais de saúde entre Março de 2021 e Maio de 2022 em Nampula, Beira, Cidade e Província de Maputo. Uma chamada foi realizada duas semanas após as vacinações para avaliação da reactogenicidade. Amostras de sangue foram colhidas para avaliar a exposição ao SARS-CoV-2 usando o teste rápido PANBIO™ COVID-19 IgG (Abbott, EUA) antes e após a vacinação.
Resultados: No universo de 1352 participantes que foram entrevistados após a primeira dose, 55.42% eram do sexo feminino, a idade média era de 39 anos. Antes da vacinação 48% dos participantes, mostravam exposição para o SARS-CoV-2. Após a primeira e segunda doses foi reportada uma reactogenicidade em 40% (n=540) e 19% (n=146) dos participantes, respectivamente. Dos eventos adversos, a dor local foi o sintoma mais comum reportado por 91.84% e 93.85% dos participantes, após a primeira e segunda doses, respectivamente. A dor de cabeça e fatiga foram os sintomas gerais mais reportados após a primeira dose (49.71% e 45.64%), respectivamente e na segunda dose (50.62% e 44.44%), respectivamente
Conclusões: Nossos dados sugerem que a vacina BBIBP-CorV é segura com uma frequência menor de eventos adversos após a segunda dose.
Palavras-chave: BBIBP-CorV, COVID-19, profissionais de saúde, segurança.