Entre 2005 e 2006, uma empresa com interesses comerciais sobre o Património Arqueológico Subaquático, desenvolveu acções intrusivas no naufrágio IDM-003 na Ilha de Moçambique. O que resultou na recuperação de uma diversificada coleção arqueológica e na exposição da estrutura de uma embarcação em madeira do século XVII AD, considerada uma das mais bem preservadas alguma vez encontrada. No entanto, não tendo havido acções adequadas de preservação da estrutura, esta ficou vulnerável aos efeitos das mudanças climáticas por mais de uma década. Desde o ano de 2016, a Universidade Eduardo Mondlane, através do Centro de Arqueologia, Investigação e Recursos da Ilha de Moçambique, tem estado a desenvolver metodologias de preservação e monitoria in situ dos naufrágios, para fazer face as alterações causadas pelo impacto das mudanças climáticas e acções humanas no meio aquático. A nível local, tem promovido treinos para responder aos impactos negativos que afectam o património arqueológico subaquático. Este resumo, apresenta e discute metodologias usadas para a estabilização de umas das estações arqueológicas subaquáticas mais impactadas pelas acções humanas e naturais na Ilha de Moçambique. O resultado deste trabalho, contribuiu para sistematização de uma metodologia de levantamento e monitoria, bem como, na definição de mecanismos de mitigação de acordo com as especificidades de cada estação arqueológica subaquática.

Palavras-chave: in situ, preservação, mitigação, ameaças naturais, ameaças humanas