Conferências UEM, X CONFERÊNCIA CIENTÍFICA 2018 "UEM fortalecendo a investigação e a extensão para o desenvolvimento"

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PRAGAS E DOENÇAS FLORESTAIS EM PLANTAÇÕES E VIVEIROS DE EUCALIPTOS EM MANICA E SOFALA
Silvia Natal David Mausse-Sitoe

Última alteração: 2018-08-16

Resumo


C. Chirinzane-Manhiça 1, S. Maússe-Sitoe 2*, R. Rombe Bandeira 3

1 Investigadora, Centro de Investigação Florestal, Instituto nacional de Investigação Agronómica, Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar

2 Investigadora, Departamento de Engenharia Florestal, Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal, UEM

3 Docente, Departamento de Engenharia Florestal, Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal, UEM

*Email: smaussesitoe@gmail.com

 

Abstract

O aumento de iniciativas visando promover uma gestão apropriada e sustentável dos recursos naturais em Moçambique tem levado a promoção do reflorestamento em particular nas zonas semi-áridas. Programas de reflorestamento em curso no país tendem a aumentar as áreas de produção florestal com espécies do eucalipto. Estima-se que existem no mundo cerca de 19 milhões de hectares de área plantada com eucaliptos para  fins comerciais. Em Moçambique, 51% das plantações são constituídas por eucaliptos cujos objectivos económicos incluem a produção de: polpa e papel; postes de electricidade e comunicações; celulose e outros fins. Com a introdução de híbridos e clones de eucaliptos, tem  havido registo de ataque de parte considerável das plantações de eucalipto por pragas e doenças, havendo no entanto, necessidade de aprofundamento da ocorrência das mesmas. Com vista a criar uma base de dados que sistematize a ocorrência de pragas e doenças em plantações e viveiros de eucaliptos realizou-se o presente estudo em 2017, através de uma prospeção de pragas e doenças nos meses de Fevereiro (Manica) e Março (Sofala). Para o levantamento dos dados foram efectuadas visitas as plantações de eucalipto cujo espaçamento era maioritariamente de 3x3 m. Em cada talhão foram estabelecidas parcelas quandrangulares de 1 ha, onde se observou árvores com sintomas e sinais de pragas e doenças. Para a determinação da presença de pragas e doenças usou-se a técnica de inspecção visual de cada árvore. Nos viveiros as observações foram feitas analisando todas as plântulas existentes no canteiro. Amostras de folhas, ramos e raízes doentes foram colhidas para comparação e certificação do agente causal dos danos no laboratório. A prospeção permitiu identificar as pragas Leptocybe invasa, Glycaspis bremblecombei, Thausmatocoris peregrinus, Gonipterus scutellatus e os patógenos Calonectria mossambicensis, Chrysoporthe austroafricana, Chrysoporthe deuterocubensis, Teratosphaeria zuluensis causando danos as plantações de eucaliptos nas áreas de estudo.

Palavras-chave: Eucaliptos, prospecção, insectos, patógenos.