Introducao: A Diabetes Mellitus é uma doença crónica que afecta quase 6% da população mundial, 90% dos casos correspondem ao tipo II. Existem plantas e biomoléculas naturais com propriedades antidiabéticas que podem constituir alternativas no tratamento e prevenção da Diabetes Mellitus ou mesmo reforçar o tratamento convencional.

Objectivo: Avaliar a actividade antidiabética dos extractos das folhas da espécie Vangueria infausta Burch (Mapfilwa).

Métodos: Os extractos brutos metanólico e aquoso foram obtidos por maceração dinâmica ou extracção por Soxhlet. Os testes fitoquímicos foram realizados usando os métodos clássicos colorimétricos e de precipitação. Foi aferida a toxicidade do extracto aquoso de Vangueria infausta pelo método de dose fixa. Para detecção de actividade antidiabética, foram seleccionados para o estudo, murganhos (balb/c), com mais de 250mg/dl de glucose sanguínea, após 48 horas da inducção a diabetes com Alloxan monohidratado (150mg/kg). Uma dose única dos extractos aquosos de V. infausta [200mg/kg], e [400mg/kg] foi administrada por gavagem, medindo-se a glucose sanguínea 0, 30, 60, 90, 120 minutos e 24 horas após o tratamento.

Resultados: Os testes fitoquímicos revelaram a presença de alcalóides, compostos fenólicos, taninos e esteróides nos extractos. No teste de toxicidade, não se observou nenhuma morte nem alterações do comportamento nos murganhos. No teste antidiabético, após 24 horas do tratamento, o extracto de V. infausta [400mg/kg] reduziu significativamente o nível de glucose no sangue, correspondendo a uma descida de 37,6% comparativamente ao grupo de controlo diabético e de 36,85% mais baixo que o grupo que foi tratado com metformina.

Conclusão: Os resultados obtidos mostraram que o extracto aquoso das folhas de V. infausta [400mg/kg] possui actividade antidiabética.

Palavras-Chave: Diabetes Mellitus; antidiabético; Vangueria infausta; Alloxan.