Última alteração: 2018-08-15
Resumo
I. G. L. Mate
Introdução: A promoção da igualdade/equidade de género tem sido advocada a nível mundial como forma de eliminar as desigualdades de género (Banco Mundial, 2012). Tais desigualdades têm sido igualmente apontadas como subjacentes à violência doméstica (Brás, 2010). No mesmo contexto, a promoção da igualdade/equidade de género na infância é percebida por Mate (2016) como uma das formas de mitigação do fenómeno da violência doméstica. Esta percepção é corroborada por outros autores, tais como Rossini (1997), Cardona (2015), Marchão e Bento (2012), Prates (2014), e Marchão (2016 ). Segundo Mate (2016), essa violência é, grosso modo, atribuída a preconceitos e crenças de superioridade/inferioridade (desigualdades), baseadas em construções socioculturais sobre o género, adquiridas pela criança ao longo da sua primeira socialização, na família, e que se manifestam durante a adolescência e na fase adulta. Objectivo: Estudo a ser conduzido na cidade de Maputo, procurá avaliar as práticas educativas parentais na infância, e identificar aquelas que possam promover a igualdade/equidade de género e mitigação da violência doméstica baseada no género. Metodologia: O estudo será de natureza qualitativa e exploratória, do tipo fenomenológico, por constituir uma metodologia que permite explorar em profundidade informação recolhida dos informantes em seus contextos naturais, propiciando uma compreensão clara do fenómeno sob análise. Resultados: Espera-se uma descrição das Práticas Educativas Parentais na infância prevalecentes em Maputo, bem como a identificação daquelas que possuem o potencial de promover a igualdade/equidade de género e a mitigação da violência doméstica baseada no género. Conclusão: Com as constatações do estudo, espera-se poder concluir da existência de e explanar sobre determinadas Práticas Educativas Parentais na infância que podem promover a igualdade/equidade de género e mitigar a violência doméstica baseada no género.
Palavras Chave: Infância, Práticas educativas, Igualdade, Género, Violência doméstica