Última alteração: 2025-07-18
Resumo
TÍTULO: BIOBANCO DE BIODIVERSIDADE ANIMAL: FERRAMENTA ESSENCIAL PARA CONSERVAÇÃO E MONITORIA CLIMÁTICA EM MOÇAMBIQUE
Autores: I. Gomes Jantilal, C. Bento, A. Guissamulo, L. Chuquela, L. de Araújo, N. Cangi Vaz
Afiliação:
- A. Guissamulo: Centro de Biotecnologia, Universidade Eduardo Mondlane, Maputo, Moçambique. Email: almeida.guissamulo@hotmail.com
- C. Bento: Museu de História Natural, Universidade Eduardo Mondlane, Maputo, Moçambique. Email: bentomcarlos@gmail.com
- I. Gomes Jantilal: Centro de Biotecnologia, Universidade Eduardo Mondlane, Maputo, Moçambique. Email: iara.m.gomes@uem.ac.mz
- L. Chuquela: Museu de História Natural, Universidade Eduardo Mondlane, Maputo, Moçambique. Email: lucilia.chuquela@uem.mz
- L. de Araújo: Centro de Biotecnologia, Universidade Eduardo Mondlane, Maputo, Moçambique. Email: lalculete@gmail.com
- N. Cangi Vaz: Centro de Biotecnologia, Universidade Eduardo Mondlane, Maputo, Moçambique. Email: nidia.cangi@gmail.com
Introdução/Contextualização: A vasta biodiversidade animal de Moçambique, vital, está ameaçada por perda de habitat, sobreexploração e alterações climáticas. Para preservação e estudo a longo prazo, o Biobanco de Biodiversidade Animal foi estabelecido numa iniciativa conjunta do Centro de Biotecnologia e do Museu de História Natural da Universidade Eduardo Mondlane, reflectindo o compromisso nacional com a conservação da diversidade genética de fauna. Objectivos: Actuar como infra-estrutura de apoio à investigação: estudos genéticos para identificação, avaliação e protecção da biodiversidade animal; providenciando ferramentas de apoio à gestão de fauna de Áreas de Conservação e forênsica ambiental. Assim, preencher uma lacuna nacional na preservação centralizada de amostras biológicas fortalecendo a capacidade nacional de investigação em conservação. Metodologia: Desde 2021, o Biobanco recebe amostras biológicas (tecidos, sangue, fezes) de fauna selvagem, especialmente de espécies ameaçadas. O processamento e armazenamento seguem protocolos padronizados de biossegurança e qualidade. Dispõe de infra-estrutura de frio e ultrafrio com backup, equipamentos de biologia molecular e expertise técnica. Serve como fiel-depositário de material biológico de áreas de conservação, garantindo disponibilidade para futuras pesquisas e monitoria. Resultados: Em fase inicial, o Biobanco tornou-se um repositório crucial de material genético da fauna moçambicana, com mais de 300 espécimes terrestres e 400 aquáticos e uma base de dados de sequências genéticas. Esta colecção apoia estudos de diversidade genética para estratégias de conservação e gestão. As amostras possibilitam monitoria ambiental a longo prazo (impactos climáticos), contribuindo para a forênsica ambiental e para o desenho políticas de conservação. Conclusões: Este Biobanco é uma infra-estrutura estratégica vital para a conservação da biodiversidade e gestão sustentável dos recursos naturais em Moçambique. Seu papel como fiel-depositário de material genético e plataforma de investigação é fundamental para a monitoria ambiental, adaptação às alterações climáticas e fortalecimento das capacidades científicas nacionais na salvaguarda do seu património natural, minimizando o impacto da investigação sobre espécies ameaçadas.
Modalidade de Comunicação: Apresentação Oral
Palavras-chave: Biodiversidade Animal, Biobanco, Conservação, Moçambique