Última alteração: 2025-07-04
Resumo
Introdução: desde 1985, quando a primeira notificação de HIV em Angola foi reportada, a onda de casos gerou uma epidemia. Em 2020, cerca de 350 mil angolanos viviam com HIV, dos quais prevalecia o sexo feminino. A Rede Angolana de Organizações de Serviços de SIDA (ANASO) registrou em março daquele ano uma queda no estoque de antirretrovirais de primeira linha, atingindo aproximadamente 25 mil pessoas, que já se encontravam há mais de três meses sem a medicação
Objetivo: conhecer os níveis de depressão e sintomas depressivos em angolanos com HIV.
Metodologia: estudo descritivo e misto, com estratégia exploratória sequencial, em período pré-pandêmico em um hospital público de Angola. Realizou-se entrevistas semiestruturadas, com aplicação do Inventário de Depressão de Beck. Para fins de análise, considerou o conceito de depressão a partir da classificação internacional de doenças. A amostragem do estudo foi censitária, limitado ao período de coleta dos dados (dois meses – setembro e outubro).
Resultados: Todavia, prevaleceu depressão leve a moderada para ambos os sexos e estado civil. No G1, a maioria além da tristeza ou infelicidade não conseguem suportar a angústia, alguns verbalizam ter consciência de que os choros não os levará a ter vida anterior desta realidade. Agora se sentem irritados o tempo todo e não sentem mais prazer nas coisas como antes. No G2, expressaram ideias e sentimentos suicidas, estavam desanimados quanto ao futuro, percebem-se fracassados mais do que uma pessoa sem a doença, e adiam a tomada de decisão mais do que o costume.
Conclusões: bem, a depressão esteve presente em todos os angolanos participantes do estudo, mesmo sem a realização de uma seleção prévia somente com aqueles com evidente alteração psíquica. embora não tenha prevalecido formas severas (graves) de depressão, a ocorrência de sintomas negativos em variadas esferas da vida pode evoluir, especialmente no contexto angolano.
Palavras-chave: Sintomas depressivos, Angolanos, HIV.