Introdução/Contextualização

O uso de chatbots de Inteligência Artificial, como o ChatGPT, tem crescido rapidamente. No entanto, essa tecnologia traz desafios ambientais pouco debatidos. Os centros de dados que são responsáveis pelo armazenamento, treinamento dos modelos e execução das respostas em tempo real consomem muita energia eléctrica e grandes quantidades de água potável, principalmente para o arrefecimento dos equipamentos. Muitas vezes a energia usada vem de fontes fósseis, provocando emissões de gases que causam o aquecimento global.

Esses factos são desconhecidos por grande parte dos usuários, que acabam usando esta tecnologia de forma despreocupada. Vários usuários, ao interagir com chatbots, utilizam expressões de cortesia, como “obrigado”, que são desnecessárias e aumentam o consumo de recursos devido ao processamento feito para gerar respostas a esse tipo de interação.

Objectivos

1. Analisar os impactos ambientais associados ao crescente uso de chatbots de Inteligência Artificial;
2. Discutir a falta de consciência do usuário sobre esses impactos;
3. Propor estratégias para tornar o uso de chatbots mais sustentável.

Metodologia

A pesquisa combinou a revisão bibliográfica de estudos recentes sobre impactos ambientais da Inteligência Artificial, análise de dados recentes sobre consumo energético e emissões de grandes plataformas da Inteligência Artificial e estudo de caso sobre o crescimento de plataformas de chatbot públicas.

Resultados e Conclusões

Os dados analisados indicam que os modelos de Inteligência Artificial exigem infraestruturas de alto consumo energético e hídrico, gerando impactos ambientais significativos. Embora as grandes plataformas desta tecnologia têm adoptado e desenvolvido estratégias de mitigação, essas medidas ainda são insuficientes diante do ritmo de crescimento da tecnologia. Observou-se também que a maioria dos usuários ainda desconhece os impactos, utilizando a tecnologia sem considerar seu custo ambiental. É necessário que fornecedores desses serviços digitais divulguem informações sobre o impacto dos seus sistemas e que se invista em acções de educação ambiental digital.