Conferências UEM, XIII CONFERÊNCIA CIENTÍFICA DA UEM: 50 anos de Independência de Moçambique

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DIVERSIDADE DE ESPÉCIES COMO MÉTRICA DE REFERȆNCIA PARA FLORESTAS DE DUNAS COSTEIRAS NO SUL DE MOÇAMBIQUE
Argentina Beltrano Mugunhe

Última alteração: 2025-07-17

Resumo


A. MUGUNHE ª , G. ALBANO ᵇ ,  F. LANGA ª

ª Faculdade de ciências, Departamento de Ciências Biológicas, Moçambique

ᵇ Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal, Moçambique

Autor para correspondência: argentinabeltrano937@gmail.com

 

A tomada de decisão sobre áreas de referência de um ecossistema/habitat para implementação de projectos de contrabalanço da biodiversidade requer dados e métricas científicamente válidos. A escassez de tempo, recursos humanos qualificados e deficiente logística podem limitar a recolha de dados biológicos fiáveis para a determinação de tais áreas de referência baseado em métricas apropriadas em países subdesenvolvidos como Moçambique. O objectivo central do estudo foi de avaliar a diversidade como métrica de referência para florestas de dunas costeiras no extremo Sul de Moçambique desde KaNyaka (Cidade de Maputo) até o distrito de Matutuíne (Província de Maputo). A colheita de dados ocorreu entre os meses de Março a Junho de 2018. Cerca de 70 quadrículas, selecionadas aleatoriamente e georreferenciadas, foram usadas para identificar, contar  e medir  a altura e o diâmetro à altura do peito (DAP) de todos os indivíduos de plantas que enraízavam dentro da quadrícula. Variaveis ambientais também foram extraídas. Três comunidades vegetais foram identificadas: comunidade I (Inhaca), comunidade II (Machangulo, Ponta Mucombo, Ponta Milibangalala) e comunidade III (Ponta Malongane). A Comunidade II apresentou os valores mais altos de diversidade de Hill ( = 125 e   = 3.81) e o maior valor de  diversidade estimado por rarefacção foi para comunidade III (228.49). A comunidade I apresentou valores altos de densidades (1718 ± 106.7 ind/ha) e de alturas médias de plantas (8.2 ±3.9). A temperatura média anual, distância da população, altitude e precipitação anual determinaram a diversidade de espécies nas comunidades vegetais. A diversidade de Hill foi  a melhor métrica para quantificar a diversidade e a comunidade II (especificamente, a Ponta Milibangalala), a melhor área de referência para possíveis contrabalanços de biodiversidade nas florestas costeiras do extremo Sul de Moçambique.

Palavras-chaves: Diversidade de Hill, diversidade por rarefacção, métrica, área de referência.