INTRODUÇÃO: As amêndoas de Sclerocarya birrea são alimentos muito nutritivos, contudo, tem sido desvalorizadas e muitas vezes descartadas após o uso da polpa da fruta. OBJECTIVO: O presente estudo foi concebido com o objectivo de avaliar a composição química e presença de antinutrientes nas amêndoas de Sclerocarya birrea provenientes de alguns distritos do Sul de Mocambique. METODOLOGIA: A pesquisa baseia-se na análise laboratorial quantitativa das amêndoas in natura e torradas, utilizando métodos da Association of Officcial Analytical Collaboration (2016) e Instituto Adolfo Lutz (2008) padronizados no Laboratório Nacional de Higiene de Águas e Alimentos para análise dos teores de gorduras, cinzas, fibras, humidade, cálcio, ferro e fósforo. Para as análises dos antinutrientes foram usados métodos volumétricos e espectrofotométricos UV- VIS descritos em artigos publicados em Pubmed, Researshgat e Scielo. RESULTADOS: Os resultados preliminares desta pesquisa mostram que as amêndoas de Chibuto apresentaram teores médios de matéria seca de 95,12%, gorduras 60,21%, humidade 4,88%, cinzas 3,99%, fósforo 806 mg/100g, ferro 10 mg/100g e cálcio 23,33 mg/100g. As amêndoas da Manhiça apresentaram matéria seca de 95,89%, humidade 4,10%, gordura 60,99%, cinzas 3,40%, fósforo 783 mg/100g, ferro 7,75 mg/100g e cálcio 10 mg/100g. Os resultados dos oxalatos indicam 84 mg/100g para as amêndoas in natura de Chibuto, 102 mg/100g para as amêndoas de Manhiça e 39 a 69mg/100g para as amêndoas torradas de Chibuto. CONCLUSÃO: Os dados mostram que as amêndoas são ricas em gorduras, apresentando variações pouco significativas entre as regiões quanto aos parâmetros nutricionais analisados, e uma redução significativa na quantidade de oxalatos após a torrefação. Estes resultados fornecem subsídios para o processamento da pasta de amêndoa como forma de aproveitamento e agregar valor nutricional.

Palavras-chave:  Avaliação,  Nutricional, amêndoa, antinutrientes, Sclerocarya birrea.