Contexto: Apesar dos dados oficiais apontarem para a criação de novos postos de trabalho, os índices de desemprego no país continuam muito altos.Por conta disto, os jovens recém-formados são forçados a buscar meios alternativos para sua inserção no mercado de emprego.

Objectivo: Este artigo analisa as estratégias empreendidas pelos jovens recém-graduados na Universidade Eduardo Mondlane para sua inserção no mercado de trabalho.

Metodologia: O trabalho assenta numa abordagem qualitativa e apoia-se na revisão de literatura e entrevistas. Foram administradas 16 entrevistas semi-estruturadas com 16 jovens, seleccionados intencionalmente nos cursos de ciências sociais na Universidade Eduardo Mondlane.

Resultados: Os jovens recém-formados mostraram preferência por profissões vinculadas à sua formação superior, embora alguns estivessem dispostos a enveredar por outras áreas de trabalho, considerando os obstáculos que enfrentam para conseguir o trabalho. A inserção profissional imediata após formação é dificultada pela fraca absorção de mão-de-obra no mercado de trabalho, práticas de nepotismo, corrupção, clientelismo.

Conclusões: Os jovens recém-formados accionam o capital social, meios de comunicação, distribuição quantitativa dos curriculuns vitae, para aumentar as possibilidades de inserção profissional bem-sucedida, oscilando entre a conformidade à legalidade e o atropelo aos imperativos legais. Ainda, entre a formação profissional e a inserção profissional existe um espaço no qual os jovens permanecem longo período na condição desempregados.

Palavras-chave: inserção profissional, recém-formado, estratégias, mercado de trabalho.