Conferências UEM, XIII CONFERÊNCIA CIENTÍFICA DA UEM: 50 anos de Independência de Moçambique

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FORTALECENDO A SEGURANÇA CIBERNÉTICA DAS INFRAESTRUTURAS CRÍTICAS EM MOÇAMBIQUE: ESTUDO DE CASO DO INTIC, INAGE E INCM EM ALINHAMENTO COM OS ODS 9 E 16
Toni Iahaia Salate, Jose Leopoldo Nhampossa

Última alteração: 2025-07-16

Resumo


Introdução

A digitalização global tem transformado profundamente as Infraestruturas Críticas (ICs), como as de energia, comunicações e saúde, promovendo ganhos significativos de eficiência operacional. No entanto, essa interconectividade ampliada também aumenta a exposição a riscos cibernéticos, representando novas ameaças à segurança e à estabilidade nacional (Cavelty, 2013; Lewis, 2006). Segundo INTIC em 2023, Em Moçambique, estima-se que ocorram cerca de 1,5 milhões de crimes cibernéticos por mês, o que evidencia fragilidades técnicas, escassez de profissionais especializados e lacunas legislativas relevantes. A protecção eficaz das ICs não apenas reforça a soberania digital do país, mas também se alinha diretamente aos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente ao ODS 9, que preconiza infraestruturas resilientes, e ao ODS 16, que promove instituições eficazes, responsáveis e inclusivas (Organização das Nações Unidas, 2019). Nesse contexto, torna-se imperativo desenvolver mecanismos de defesa cibernética robustos que integrem dimensões técnicas, institucionais e legais.

 

Objectivos

Analisar a segurança das ICs em Moçambique relativamente às ameaças cibernéticas, identificando vulnerabilidades e propondo estratégias para fortalecer a resiliência digital.

 

Metodologia

A abordagem mista e exploratória inclui entrevistas semi-estruturadas com 15 especialistas em segurança cibernética e análise documental de normas e políticas. Um estudo comparativo avalia a maturidade da governação digital antes e após a aplicação dos modelos COBIT, NIST e ISO/IEC 27001/27002.

 

Resultados

O estudo irá mapear as principais ameaças cibernéticas às ICs, identificando vectores de ataque, vulnerabilidades técnicas e institucionais, e lacunas legais. Serão propostas estratégias baseadas nos modelos de referência para elevar a maturidade cibernética, fortalecer a coordenação institucional e alinhar as ações aos ODS 9 e 16.

Conclusão

O presente trabalho contribuirá para reforçar a segurança cibernética das ICs em Moçambique, promovendo um ecossistema digital resiliente. A integração de dimensões técnicas e institucionais irá apoiar políticas públicas eficazes, sustentando o desenvolvimento sustentável, a estabilidade social e a soberania nacional.

Palavras-chave: Segurança Cibernética, Infraestruturas Críticas, ODS.

 

Referências bibliográfica

  • Cavelty, M. D. (2013). Cyber-security and threat politics: US efforts to secure the information age. Routledge.
  • Kaplan, R. S., & Mikes, A. (2012). Managing risks: A new framework. Harvard Business Review, 90(6), 48–58.
  • Lewis, T. G. (2006). Critical infrastructure protection in homeland security (pp. 85–140). Wiley.
  • Tikk, E., & Kerttunen, M. (2018). Paradigm shift in cybersecurity: From state-centric to multi-stakeholder approaches. NATO Cooperative Cyber Defence Centre of Excellence (CCDCOE).
  • Organização das Nações Unidas. (2019). Relatório sobre os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (pp. 10–20). ONU.