Conferências UEM, XIII CONFERÊNCIA CIENTÍFICA DA UEM: 50 anos de Independência de Moçambique

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DIVERSIDADE GENOTÍPICA E DISTRIBUIÇÃO DO WSSV NA PROVÍNCIA DA ZAMBÉZIA, MOÇAMBIQUE
Ana Cristina Cintya Nunes

Última alteração: 2025-07-17

Resumo


 

A. Nunes ¹, A.M. Milisse², C. Machaieie², A. Sefasi³, S. Mutoloki⁴

¹ Universidade Eduardo Mondlane, Moçambique. anacristinacintya@gmail.com
² Universidade Eduardo Mondlane, Centro de Biotecnologia, Moçambique, Maputo, halilamondlane@gmail.com, celiomachaieie@gmail.com
³ Lilongwe University of Agriculture and Natural Resources (LUANAR), Malawi, abelsefasi@yahoo.co.uk
⁴ Norwegian University of Life Sciences (NMBU), Noruega. stephen.mutoloki@nmubu.no

Introdução:
O vírus da Síndrome da Mancha Branca (WSSV) é altamente contagioso e uma das maiores ameaças à aquicultura de camarões, causando perdas econômicas significativas (Lightner, 1996). Embora presente em Moçambique, há pouca informação sobre sua diversidade genotípica do vírus na província da Zambézia, um dado essencial para o desenvolvimento de estratégias eficazes de controle e prevenção (Piamsomboon et al., 2018).

Objetivos:
Investigar a diversidade genotípica e a distribuição do WSSV em camarões de diferentes distritos da Zambézia, avaliar a evolução genômica local e comparar os genótipos com os relatados em outras regiões do mundo.

Metodologia:
Estão sendo analisadas 100 amostras coletadas na Zambézia. A detecção do vírus ocorre por RT-PCR em tempo real, utilizando a metodologia baseada no estudo de Machaieie et al., (em desenvolvimento).  Para o estudo da genotipagem, foram inicialmente utilizados os primers descritos por Tang et al. (2013), sem resultados positivos. Em função disso, novos primers foram desenhados a partir de regiões conservadas do genoma viral, otimizados para PCR convencional, que serão aplicados na genotipagem. A classificação dos genótipos seguirá o protocolo estabelecido por Tang et al. (2013).

Resultados Iniciais:

A investigação inicial revelou uma baixa taxa de detecção com os primers originalmente utilizados, baseados no estudo de Tang et al. 2013 Em resposta, foram desenhados novos conjuntos de primers, que já permitiram a detecção de amostras positivas para as regiões VR23/24 e VR14/15. A análise completa está em andamento, e até o momento não foi realizada uma avaliação detalhada das variações genéticas observadas.

Conclusões

Os resultados iniciais indicam que os primers originalmente usados foram pouco eficazes na detecção do WSSV, sugerindo possíveis variações genéticas locais. Com o redesenho dos primers, foi possível detectar amostras positivas para as regiões VR23/24 e VR14/15. Esses achados reforçam a importância de estratégias moleculares adaptadas ao contexto local para o monitoramento do vírus na canicultura moçambicana.

Palavras-chave: WSSV, genotipagem, primers, Zambézia.