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A universidade é um campo onde se cruzam as aspirações políticas, o currículo e as práticas educacionais, A extensão universitária de educação ambiental estimula reflexões e mudanças comunitárias, incentivando práticas sustentáveis. A actividade de extensão universitária teve como objectivo sensibilizar a comunidade sobre questões ambientais, com foco na preservação do mangal e no descarte adequado de resíduos sólidos. A iniciativa buscou fortalecer a conscientização local, promovendo reflexões sobre práticas sustentáveis e incentivando acções concrectas para a proteção ambiental. A metodologia adoptada foi qualitativa, em uma pesquisa- acção, com base na entrevista semi-estruturada. Primeiramente, foi realizada uma visita exploratória para compreender o contexto socioambiental da escola e da comunidade. Em seguida, aplicou-se uma estratégia a entrevista semi-estruturada a oito famílias, permitindo que os responsáveis pelas residências podem partilhar suas experiências. Como estratégia de intervenção, privilegiou-se o debate, desenvolvendo-se actividades lúdicas, como o teatro e a música. O teatro, foi utilizado como ferramenta para promover empatia e facilitar a reflexão sobre a realidade social. Além disso, a música contribuiu para reforçar a mensagem ambiental, com os estudantes produzindo uma canção intitulada "Cuidar da natureza". Outra acção relevante foi a demonstração de reaproveitamento de resíduos sólidos, onde os participantes apresentaram técnicas para transformar materiais descartáveis em objectos úteis, como pulseiras, pastas e porta-canetas, utilizando papelão, garrafas PET e tecidos. Os resultados indicaram que a comunidade já possui conhecimento sobre a importância do mangal e os impactos negativos do descarte inadequado de resíduos sólidos. Contudo, os moradores identificaram que o problema persiste devido à falta de conscientização de alguns residentes próximos à área de mangal. Apesar disso, houve grande adesão à iniciativa, com muitos demonstrando interesse em participar de futuras acções voltadas à conservação ambiental. A experiência reforçou a relevância da educação ambiental participativa para engajar e mobilizar a comunidade em práticas sustentáveis