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ESTUDO SOBRE A COMERCIALIZAÇÃO E CONSUMO DE ALIMENTOS IRRADIADOS EM MOÇAMBIQUE
Última alteração: 2025-07-12
Resumo
S. F. Hamido, C. M. Sineque, B. T. MoianeUniversidade Eduardo Mondlane, Departamento de produção animal e tecnologia de alimentos, Moçambique, Maputo, soylahamido02@gmail.com Universidade Eduardo Mondlane, Departamento de produção animal e tecnologia de alimentos, Moçambique, Maputo, charmilamussagy@gmail.com Universidade Eduardo Mondlane, Departamento de produção animal e tecnologia de alimentos, Moçambique, Maputo, belisher@gmail.comIntrodução:O uso da irradiação em alimentos consiste na exposição dos mesmos a uma fonte controlada de radiação ionizante durante um determinado tempo, com o objectivo de aumentar o tempo de vida útil dos alimentos e, desta forma, garantir sua segurança para o consumo humano. Dada a crescente adopção da irradiação de alimentos pela indústria alimentícia global, impulsionada pelas diversas vantagens que essa técnica oferece, como o aumento da segurança do alimento e, consequentemente, a redução do desperdício, torna-se pertinente avaliar esta realidade em Moçambique.Objectivos:Avaliar o estado da comercialização e percepção do consumidor em relação ao alimento irradiado na cidade e província de Maputo.Metodologia:Foi realizado um estudo transversal observacional nos principais supermercados da cidade e província de Maputo, identificando os alimentos irradiados disponíveis. Posteriormente, foram administrados 769 inquéritos a igual número de consumidores nos distritos municipais da cidade (49%) e província de Maputo (50%) nos formatos presencial (n = 480) e virtual (n = 289), para medir o conhecimento sobre essa tecnologia.Resultados:A maior parte dos consumidores entrevistados era do sexo feminino (62%), com idade entre 18–25 anos (63%), solteiros (64%), com ensino superior incompleto (48%) e renda mensal entre 11.000,00–20.000,00 Mt (48%). Foram identificados sete alimentos irradiados (aromat, chakalaka, mel, polony, pasta de tomate, salsicha e sardinha), provenientes da África do Sul e Portugal, com rotulagem incompleta segundo as directrizes internacionais. Apenas 15% dos participantes já haviam ouvido falar sobre irradiação de alimentos, e 8% relataram já os ter consumido. Após uma breve explicação, 72% afirmaram que considerariam consumir tais produtos.Conclusões:Há disponibilidade de alimentos irradiados na cidade e província de Maputo, no entanto, o conhecimento sobre o tema entre os consumidores ainda é limitado.Palavras-chave: comercialização de alimentos, radiação ionizante, percepção do consumidor.