INTRODUÇÃO: Nas últimas décadas, a produção de biofilmes à base de amido utilizando resíduos lignocelulósicos como as cascas de mandioca vêem se destacando no sector alimentar. Contudo, esses biofilmes apresentam baixas propriedades físicas, mecânicas e de barreira, por isso, se tem procurado alternativas para melhorar as mesmas através da adição de materiais de reforço. OBJECTIVO: O presente estudo teve como objectivo avaliar o efeito da adição de farinha de casca de mandioca como material de reforço em biofilmes à base de amido de mandioca. METODOLOGIA: O trabalho foi dividido em duas etapas, a primeira consistiu na elaboração de farinha e amido de cascas de mandioca. Na segunda etapa, foram desenvolvidos biofilmes em escala laboratorial pelo método de casting. No total foram produzidas quinze (15) formulações, no qual o nível de inclusão da farinha de casca de mandioca variou de 0% (controlo), 25%, 50%, 75% e 100% em relação a quantidade de amido (10 g), e empregou-se como agente plastificante o glicerol. As soluções filmogénicas foram submetidas ao aquecimento à 70°C por 10 minutos e depositadas em placas de Petri que foram colocadas na estufa à 50°C durante 8 dias para secagem. De seguida, os biofilmes foram analisados quanto a homogeneidade, cor e manuseabilidade. RESULTADOS: Os resultados preliminares demonstraram que os biofilmes apresentaram fissuras, cor acastanhada e elevada hidrofilidade. CONCLUSÃO: A incorporação da farinha de casca de mandioca nos biofilmes de amido de mandioca não promoveu alterações satisfatórias quanto a homogeneidade e manuseabilidade, tornando-se necessário efectuar mais testes para correcção e pesquisa dos factores que proporcionaram estes resultados e posteriormente analisar as propriedades físicas (espessura, gramatura e solubilidade em água e óleo), propriedade de barreira (permeabilidade ao vapor de água) e biodegradabilidade.

Palavras-chave: Resíduos lignocelulósicos, Casca de mandioca, Casting, Biofilmes.