Conferências UEM, XIII CONFERÊNCIA CIENTÍFICA DA UEM: 50 anos de Independência de Moçambique

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INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E ENSINO DE JORNALISMO EM MOÇAMBIQUE E NO BRASIL: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ESTUDANTES
Micas Armando Antonio

Última alteração: 2025-07-15

Resumo


Autores

M.A. António

Universidade Eduardo Mondlane-ECA, Departamento de Comunicação, Moçambique, Maputo.

micas.antonio@gmail.com

T. A.S. Vieira

Universidade Federal do Paraná, Departamento de Comunicação Social, Brasil, Curitiba toniandre@gmail.com

Introdução

A aceleração das inovações tecnológicas, especialmente com a massificação da inteligência artificial (IA), vem provocando mudanças significativas nos processos de aprendizagem e nas práticas pedagógicas no ensino do Jornalismo. Observa-se, muitas vezes, que os educandos têm mais familiaridade e proactividade do que os educadores para usar e produzir conteúdos com o auxílio de tecnologias avançadas, o que desafia as práticas tradicionais de ensino e formação profissional.

Objectivos

Este estudo visa compreender como estudantes de Jornalismo da Escola de Comunicação e Artes da Universidade Eduardo Mondlane (ECA-UEM, Moçambique) e do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do Paraná (DECOM – UFPR, Brasil) utilizam a Inteligência Artificial (IA) nas actividades académicas e formativas.

Metodologia

Pesquisa exploratória de abordagem qualitativa, baseada em entrevistas semiestruturadas com alunos de jornalismo da ECA-UEM e do DECOM-UFPR. As respostas estão sendo analisadas por meio da técnica de análise temática, permitindo identificar padrões de uso de IA em trabalhos académicos. Complementa-se com revisão bibliográfica, ancorada em autores como Harari, Joanguete, Berti, Canavilhas, entre outros.

Resultados

Os dados preliminares apontam para uso recorrente da IA por parte dos estudantes, tanto como apoio à redacção quanto na organização de conteúdos jornalísticos. Nota-se a possibilidade de interacções mais amplas entre docentes e discentes, além da necessidade, urgente, de actualização curricular nos cursos de Jornalismo. Isso visa aprimorar a formação profissional e fortalecer os diálogos sobre o papel transformador das universidades, promovendo práticas inovadoras e forjando novos fazeres que contribuam para um maior foco na inovação, sem negligenciar as questões éticas e deontológicas.

Conclusões

As evidências sugerem a necessidade de actualização curricular e maior abertura dos docentes para o diálogo sobre o uso da IA. O estudo reforça o papel das universidades como espaços de inovação e reflexão crítica, mantendo o compromisso com os princípios éticos e deontológicos do Jornalismo.

 

Palavras-chave: Jornalismo, novas tecnologias, ensino, inteligência artificial.