V. F. Janete

Universidade Eduardo Mondlane, Escola de Comunicação e Artes, Moçambique, Maputo, vivi.janete@gmail.com

Introdução
Na era digital, a manipulação de imagens e vídeos alcançou um novo patamar com a tecnologia de deepfakes, que utiliza inteligência artificial para criar conteúdos altamente realistas e enganosos. Este fenômeno representa um desafio crescente para a veracidade da informação, a privacidade individual e a integridade das instituições. O estudo de caso da TVM (Televisão de Moçambique) oferece uma perspectiva concreta sobre como os deepfakes podem impactar o jornalismo e a opinião pública.

Objectivos
O principal objectivos deste trabalho é analisar os impactos sociais e éticos dos deepfakes, utilizando o caso da TVM como base empírica. Procura-se compreender como essas tecnologias afetam a confiança na mídia, os direitos dos indivíduos retratados e os limites da liberdade de expressão.

Metodologia
Adotou-se uma abordagem qualitativa, com revisão bibliográfica sobre deepfakes, ética digital e desinformação, além da análise crítica do conteúdo e das repercussões do caso TVM. Foram também consideradas entrevistas com especialistas em mídia e tecnologia para enriquecer a interpretação dos dados.

Resultados
Verificou-se que o uso de deepfakes na TVM gerou desinformação, comprometendo a credibilidade da TVM e promovendo um debate ético sobre o uso de IA em conteúdos audiovisuais. O episódio evidenciou lacunas regulatórias e a necessidade urgente de políticas públicas que orientem o uso responsável dessa tecnologia.

Conclusão
O caso TVM mostra que os deepfakes não são apenas uma ameaça técnica, mas também ética e social. É fundamental promover a literacia digital, investir em tecnologias de detecção e desenvolver marcos legais que assegurem a integridade da informação e os direitos dos cidadãos.

Palavras-chave: Deepfakes, ética digital, desinformação, inteligência artificial, mídia, TVM, manipulação audiovisual, confiança pública, regulação tecnológica, literacia digital.