Conferências UEM, XIII CONFERÊNCIA CIENTÍFICA DA UEM: 50 anos de Independência de Moçambique

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DINÂMICAS INSTITUCIONAIS DA PESQUISA SOCIAL EM MOÇAMBIQUE: NOTAS PARA UMA ETNOGRAFIA DO CAMPO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS.
Manuel Macia, Rehana Capurchande, Domingos Langa, Candido Chume

Última alteração: 2025-06-26

Resumo


Introdução/contextualização: o surgimento e consolidação das ciências sociais, como um campo disciplinar autónomo em Moçambique, podem ser melhor compreendidas, também, analisando as dinâmicas institucionais e contextuais sobre as quais nasceram, cresceram e tem vindo a se desenvolver nos novos espaços académicos.

Objectivos: A presente comunicação propõe uma reflexão e análise histórico-comparativa da evolução da pesquisa social desenvolvida na UEM desde o Centro de Estudos Africanos (CEA) na década 80, a criação da Unidade de Formação e de Investigação em Ciências Sociais (UFICS) até ao nascimento do Departamento de Sociologia da actual Faculdade de Letras e Ciências Sociais, os desafios metodológicos que se colocaram naquele contexto e os que se colocam na contemporaneidade, num contexto de intensos debates sobre a relevância social e científica das ciências sociais.

Metodologia: apoiando-se em técnicas e métodos de abordagem qualitativa incluindo revisão e análise documental e experiência vivida dos autores, este artigo descreve a génese e discute o processo de institucionalização da pesquisa social nos primeiros anos do período pós-colonial até o presente.

Resultados/conclusões: os autores concluem que o assalto neoliberal à ciência no geral, mas à ciência social, em particular, e às incompreemsões baseadas em preconceitos ideológicos colocam a necessidade e urgência de aprimoramento metodológico para que esta continue a jogar o seu insubstituível papel na consolidação da ética da cidadania democrática e pluralista.

 

Palavras-chave: ciências sociais, dinâmicas institucionais, desafios metodológicos, neoliberalismo.