Última alteração: 2025-06-12
Resumo
Introdução: A compreensão do funcionamento dos mecanismos de financiamento da conservação em Moçambique é indispensável para a busca da sua adequeção a realidade específica de cada área de conservação. O inadequado financiamento das áreas de conservação é uma questão antiga mas que se tem destacado com a introdução de novas políticas de conservação, caracterizada pela dependência da chegada massiva de doações internacionais. Objectivos: O objectivo do estudo é reflectir sobre os mecanismos de financiamento das áreas de conservação em Moçambique, a partir da identificação das fontes, instrumentos de financiamento e da avaliação das limitações e desafios da sua implementação. Metodologia: Em termos metodológicos o estudo segue uma abordagem qualitativa, conduzida através da pesquisa bibliográfica e documental. Resultados: Os resultados do estudo apontam que as principais fontes de financiamento das áreas de conservação são estatais, parceiros e fontes adicionais, estabelecidas através de parcerias público-privadas e comunidade, Fundação para a Conservação da Biodiversidade e capitalização de recursos naturais, por meio da prática do turismo e mecanismos inovadores. Constatou-se que a estrutura de financiamento, abarca recursos públicos e privados, autogerados e externos, onde se destaca que 80% dos recursos financeiros provêm da contribuição de doadores internacionais. Mais, as limitações e desafios revelam inconsistência na distribuição do financiamento, a dependência execessiva de doadores internacionais e o subaproveitamento do potencial turístico. Conclusão: A principal conclusão do estudo é que há necessidade de uma abordagem holística e inovadora que equilibre conservação e estratégias financeiras, garantindo assim, a sustentabilidade financeira, a longo prazo, das áreas de conservação em Moçambique.
Palavras-chave: Financiamento das áreas de conservação, Mecanismos de financiamento, Fontes de financiamento, Instrumentos de financiamento.