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No contexto dos anos 70 do século XXI, avanços tecnológicos na área da Neurociência contribuíram para novas investigações sobre a fisiologia do cérebro humano vivo. Com isso, evidenciaram-se os impactos das línguas, da literatura e das artes na fisiologia cerebral. Esses artefatos culturais passaram a ser reconhecidos como potencializadores das capacidades cognitivas de qualquer atividade cotidiana. O objetivo desse trabalho é apresentar abordagens multidisciplinares sobre os impactos das línguas, literatura e artes na fisiologia do cérebro e como esses artefatos potencializam as capacidades cognitivas humanas executáveis desde atividades mais simples as mais complexas. Metodologicamente, é um estudo bibliográfico que colige pesquisas contemporâneas que relacionam Neurociência, Linguística, Literatura e Teoria das Artes. Estudos de Neurociência contemporâneos apresentam teses centrais especialmente em oposição a visão cartesiana de separação mente e corpo que direcionam investigações sobre a relação entre línguas, literatura e artes com a fisiológica cerebral e as capacidades cognitivas. Resultados desse trabalho mostram que, na Linguística, pesquisas mostram que a aprendizagem de línguas torna as capacidades cognitivas como atenção, retenção previsibilidade e generalizações enriquecidas com as vivências linguísticas. Já a leitura literária afeta várias dimensões da cognição e neurobiologia principalmente a relação leitura de ficção e empatia. Nas Artes, destacam-se a música e pintura que ativam extensas redes cerebrais sensório-motoras, cognitivas, de memória e emocionais. As pesquisas formam uma base solida para formentar análises que correlacionam língua, literatura e artes com neurociência e abre possibilidades de investigações sobre relevância do acesso a esses artefatos culturais para a saúde pública.