Conferências UEM, XIII CONFERÊNCIA CIENTÍFICA DA UEM: 50 anos de Independência de Moçambique

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COLONIZAÇÃO NASAL POR Staphylococcus aureus RESISTENTE À METICILINA EM PROFISSIONAIS DO HOSPITAL CENTRAL DE MAPUTO
RAFAEL JOAQUIM, RAFAEL JOAQUIM, INÁCIO MANDOMANDO, MARCELINO GARRINE, MOHSIN MOHOMED SIDAT

Última alteração: 2025-07-04

Resumo


INTRODUÇÃO: Staphylococcus aureus é um importante patógeno associado a infecções nosocomias, sendo a colonização nasofaringea dos profissionais de saúde uma das principais fontes de transmissão, especialmente por estirpes resistentes à meticilina

OBJECTIVO: Este estudo visa determinar a frequência de colonização nasal por Staphylococcus aureus em profissionais de saúde do Hospital Central de Maputo.

METODOLOGIA: Colheu-se zaragotas nasofaríngeas em profissionais de saúde (n=168) de diferentes departamentos do Hopsital Central de Maputo entre Março e Junho de 2019. As amostras foram analisadas por microbiologia convencional para isolamento e identificação de Staphylococcus aureus. Estirpes de Staphylococcus aureus resistentes à meticilina foram identificadas fenotipicamente por meios cromogênicos e teste de resistência à cefoxitina. Um questionário foi aplicado para a colheita de dados sociodemográficos dos profissionais. As variáveis categóricas foram analisadas pelo teste de 𝛘2 ou Fisher exacto, conforme apropriado, considerando um nível de significância de 5%.

RESULTADOS: Observou-se que 41% (69/168) dos profissionais estavam colonizados por Staphylococcus aureus, sendo 29% (49/168) por estirpes resistentes à metilicina. A frequência de colonização foi semelhante entre enfermeiroa (7%), médicos e outros profissionais como técnicos de laboratório, Raio X e biomédicos (6% cada), e agentes de serviços (5%). Menor frequência de colonização foi observada no pessoal administrativo (3%), estagiários e motoristas (1% cada). Não houve diferença significativa na colonização entre  os profissionais do sexo masculino (11.0%) e feminino (30.0%) ( p =0.2585).

CONCLUSÕES: Este estudo revelou alta frequência de colonização por Staphylococcus aureus, particularmente por estirpes resistentes à meticilina, consideradas uma ameaça global pela Organização Mundial de Saúde, devido à resistência aos antbióticos beta-lactâmicos. Os resultados sugerem a necessidade de implementação rigorosa de medidas de prevenção e controle de infecções nosocomiais no Hospital Central de Maputo, além de realização de estudos similares em outras unidades sanitárias do país.

 

PALÁVRAS-CHAVE: colonização, profissionais de saúde,  Staphylococcus aureus, resistência à meticilina.