O Brasil é reconhecido como o maior exportador de celulose de eucaliptos do mundo. Diante do grande desafio planetário na mitigação dos efeitos das alterações climáticas, o plantio de árvores tem sido visto como a mais eficiente solução baseada na natureza, pois estas sequestram e estocam gás carbônico, cujas altas concentrações contribuem significativamente para o aquecimento global. O objetivo deste trabalho é avaliar os modelos lineares e não lineares de efeitos mistos para estimativas volumétricas de eucaliptos. Os dados foram de um experimento implantado em março de 2014, na Estação Experimental do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), localizado no município de Belém de São Francisco, Pernambuco. O experimento é composto por dois clones de eucaliptos (Eucalyptus urophylla x Eucalyptus tereticornis) plantados em espaçamentos 4 m × 2 m e 3 m × 2 m, alocados em parcelas de 14 m × 12 m e 14 m × 16 m, cada uma contendo 28 plantas. Foram aplicados quatro tratamentos distintos: resíduos dos tanques de piscicultura, sedimentos do reservatório de Itaparica, biocarvão e testemunha, cada um repetido quatro vezes. Foram realizadas medições de altura total da árvore a cada três meses nos primeiros 18 meses, posteriormente, a cada seis meses, totalizando 24 medições ao longo do tempo. Foram cubadas rigorosamente 336 árvores pelo método de Smalian.  Sete modelos volumétricos de naturezas linear e não linear foram ajustados. Os critérios AIC e  foram usados para escolha do melhor modelo. A acurácia foi avaliada por meio de indicadores estatísticos e análise gráfica dos resíduos. O modelo de Schumacher – Hall foi o escolhido e ajustado para a estimativa volumétrica sem e com efeito aleatório para o tratamento. O modelo com efeito aleatório apresentou um ganho em precisão, indicando assim o seu grande potencial na modelagem volumétrica de eucalipto.