Conferências UEM, XIII CONFERÊNCIA CIENTÍFICA DA UEM: 50 anos de Independência de Moçambique

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EFEITOS DOS VÓRTICES DE MESOESCALA NA ESTRUTURA VERTICAL DE NUTRIENTES E NA PRODUTIVIDADE PRIMÁRIA NO CANAL DE MOÇAMBIQUE
Orlando Afonso Nhatugues Junior

Última alteração: 2025-07-17

Resumo


Introdução/contextualização: Os vórtices de mesoescala são estruturas oceanográficas de destaque no Canal de Moçambique, influenciando a circulação regional e os processos biogeoquímicos. Objectivos: Este estudo analisa a estrutura vertical dos nutrientes (nitrato, fosfato e silicato) e da produtividade primária líquida (PPL) em redemoinhos ciclônicos e anticiclônicos. Metodologia: Utilizaram-se dados de altimetria por satélite e do modelo biogeoquímico PISCES, no período de 2014 a 2015. Os redemoinhos foram identificados a partir de anomalias do nível do mar e campos de energia cinética turbulenta. Foram analisadas seções verticais e gradientes das variáveis biogeoquímicas para avaliar a redistribuição de nutrientes induzida pelos vórtices. Resultados: Os resultados mostram que os redemoinhos ciclônicos promovem intensa mistura vertical, facilitando o bombeamento de nutrientes para a zona eufótica e elevando a produtividade. Em contraste, os vórtices anticiclônicos limitam a disponibilidade de nutrientes devido ao afundamento, resultando em condições oligotróficas. Conclusões: Os achados reforçam a importância ecológica dos redemoinhos de mesoescala na dinâmica da produtividade e no ciclo de nutrientes, com implicações para os ecossistemas marinhos e a gestão pesqueira no Oceano Índico Ocidental.Palavras-chave: vórtices de mesoescala, gradientes de nutrientes, produtividade primária, Canal de Moçambique.