ANÁLISE DA CONTRIBUIÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA FORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA AMBIENTAL EM ASSENTAMENTOS INFORMAIS NO MUNICÍPIO DA MATOLA: 2000-2021

Zobra, N.A &  Cossa, E.F

Faculdade de Educação – Universidade Eduardo Mondlane Departamento de Ciências Naturais e Matemática Moçambique, Maputo, natividadezobra1609@gmail.com – eugenia.cossa@gmail.com

Resumo

A Educação Ambiental representa um conjunto de acções sustentáveis voltadas para a conservação do meio ambiente. O presente trabalho visa analisar a contribuição da Educação Ambiental na Formação da Consciência Ambiental em Assentamentos Informais no Município da Matola. Estes assentamentos, são áreas urbanas onde as ocupações do solo ocorrem sem a devida autorização do município, não se observam as politicas de urbanização e não tem segurança de posse o que lhes torna vulneráveis a despejos ou demolições.  Os assentamentos surgem devido à falta de acesso a moradias formais, migrações  e são caracterizados pela ausência de serviços sociais, como água potável, saneamento e electricidade. O estudo se justifica na necessidade de se analisar a contribuição de uma Educação Ambiental efectiva e sensibilizadora por parte do Governo e líderes locais para que, ocorram mudanças de atitudes e apropriação de posturas que alcancem a consciência ambiental possibilitando, um equilíbrio entre as acções homem -  natureza. Para o projecto, foi usado o método qualitativo de carácter exploratório. Os intervenientes para o estudo, são todos moradores do bairro da Matola “A” de todas faixas etárias e género. Porém, a Educação Ambiental deve residir na actuação consciente dos cidadãos para o incremento de práticas sustentáveis que concorram para o Objectivo do Desenvolvimento Sustentável 11 no ponto 11.3 bem como, a redução de impactos ambientais, promovendo mudanças de comportamento ecologicamente aceite no meio, e na sociedade. Resultados preliminares do estudo mostram que, para mitigar o alastramento dos assentamentos informais, o município deve apostar nas políticas de ordenamento territorial, reassentamento, consciencialização e fiscalização das comunidades, através de programas participativo e multissectorial para reduzir áreas de ocupação ilegal. Por fim, pode-se concluir que, para mitigar o problema de assentamentos informais, deve-se apostar em planos de gestão e ordenamento territorial, actividades conjuntas entre a comunidade o poder público.

Palavras-chave:  Educação ambiental, consciência ambiental, assentamentos informais, sustentabilidade.