A pesquisa está alinhada com as tecnologias emergentes de conversão de energia, que buscam apresentar soluções sustentáveis, por meio da implementação de novas técnicas, bem como de ferramentas que podem contribuir significativamente para a redução do uso de fontes fósseis em algumas aplicações e na redução de emissões de gases de efeito estufa. Ela faz parte de um estudo que visa a montagem de uma ilha fotovoltaica no reservatório dos Pequenos Libombos. A iniciativa surge como resultado de medidas de mitigação, que propõem combinações tecnológicas para diversificar e equilibrar o portfólio hídrico e energético local, com o objectivo de responder ao aumento da demanda por água e energia devido à redução do volume de água no reservatório durante o período de seca. Para o estudo, foram analisados dados de precipitação, caudal afluente e caudal efluente da Barragem dos Pequenos Libombos. Os resultados indicam que, ao contrário de Agosto de 2020, que registou valores baixos de caudal afluente, os valores máximos foram observados em Fevereiro de 2021. Adicionalmente, constatou-se a prevalência de níveis críticos do caudal efluente durante a estação chuvosa de 2018. Com base nas variações do seu caudal, nas flutuações do volume armazenado e no aumento da demanda hídrica, conclui-se que a instalação de um sistema fotovoltaico flutuante no reservatório da barragem é uma solução viável e pode contribuir significativamente para a gestão eficiente dos recursos hídricos, considerando que esse tipo de sistema contribui para a redução dos níveis de evaporação da água em reservatórios. Após a instalação dos sistemas fotovoltaicos juntamente com a mini-central hidroléctrica, estes funcionarão como um sistema híbrido de geração de energia hidro-fotovoltaico.

Palavras-chave: Barragem dos Pequenos Libombos, caudal, recursos hídricos, energia, bacia do Umbeluzi, sistemas fotovoltaicos