Introdução: A identidade legal é essencial para o exercício pleno da cidadania e o acesso a serviços básicos, incluindo os financeiros. Em Moçambique, os clientes devem apresentar uma forma de identificação legal ao interagir com instituições bancárias. A partir dessa identificação, são extraídos dados que servem para criar uma identidade digital do cliente. Essa identidade digital é utilizada em processos de autenticação, autorização de transacções financeiras, entre outros. Contudo, como esses dados são fornecidos separadamente a cada instituição e armazenados de forma isolada, múltiplas representações digitais de um mesmo cidadão são criadas. Essa prática, além de ineficiente, favorece a duplicação de dados, prejudica a experiência do cliente e aumenta o risco de fraudes.

Objectivos: Diante desse cenário, este estudo tem como objectivo propor um modelo de portabilidade da identidade digital em ambientes com sistemas de informação isolados, tendo como caso de estudo o sector bancário moçambicano.

Metodologia: A pesquisa adoptará uma abordagem qualitativa, com base na metodologia Design Science Research (DSR). Serão realizadas entrevistas com stakeholders-chave do sector bancário, observação não participante e análise documental.

Resultados: Espera-se desenvolver um modelo prático que sirva de base para a implementação de identidades digitais portáteis. O modelo poderá contribuir para eliminar duplicações, optimizar processos e reduzir os riscos associados à má gestão de identidades digitais.

Conclusões: Ao propor uma solução que promova a portabilidade da identidade digital, este estudo busca contribuir para a modernização dos sistemas de informação no sector bancário, beneficiando tanto as instituições quanto os clientes, e oferecendo um referencial aplicável a outros contextos com desafios semelhantes.

Palavras-chaves: portabilidade, identidade digital, sector financeiro, Moçambique.