Introdução: O estudo foi realizado durante o intercâmbio estudantil entre as Universidades de Zaragoza e Eduardo Mondlane; foram descritos três casos clínicos de ruptura do ligamento cruzado cranial em cães das raças Mastiff (macho), Podenco Andaluz (fêmea) e Sem Raça Definida (macho), castrados e designados por paciente 1, 2 e 3. Objectivos: O objectivo foi descrever os aspectos clínicos, patológicos e terapêuticos de três pacientes com ruptura do ligamento cruzado cranial. Metodologia: Para o diagnóstico foram realizados exames hematológico; bioquímico; específicos ortopédicos (por observação, palpação, teste de gaveta craniana, comprensão tibial e radiográficos); o tratamento foi cirúrgico, pelas técnicas de fechamento da osteotomia em cunha cranial e osteotomia de nivelamento do plateau tibial para a redução dos ângulos excessivos. Resultados: Nos exames hematológico e bioquímico não foram observadas alterações; os sinais clínicos foram: dificuldade de levantar e locomover-se, claudicação, sinal de Siting Test positivo, bordas do tendão patelar menos definidas, derrame articular, teste de gaveta craniana e compressão tibial positivos. As alterações radiográficas dos pacientes foram: deslocamento cranial da tíbia, derrame articular e entesofitoses; outras alterações foram: remodelação óssea da região troclear do fémur e patela no P1; osteofitoses na zona caudal do plateau tibial no P2 e na porção distal da patela no P3. Os ângulos pós-operatórios foram: P1- 6°, P2- 4° e P3- 8°. O prognóstico para os três pacientes foi favorável. Conclusão: Os factores de risco identificados para ocorrência da patologia dos pacientes avaliados foram: raça, sexo, idade, peso e porte; as técnicas cirúrgicas foram eficientes e com excelentes resultados, sem ocorrência de complicações e retorno ao apoio do membro em todos os pacientes.