Última alteração: 2025-06-26
Resumo
José Verniz Dauce[1] ǀ vernizjosedauce@gmail.com
Pedrito Cambrão[2] ǀ prof.pedrito@hotmail
Universidade Zambeze-FCSH, Beira-Moçambique
[1] Estudante Finalista de Licenciatura em Ciências da Comunicação na Faculdade de Ciências Socias e Humanidades da Universidade Zambeze- Campus do Matacuane.
[2] Doutor em Sociologia pela Universidade do Porto – Portugal, docente e investigador da Faculdade de Ciências Sociais e Humanidades da Universidade Zambeze – Campus de Matacuane.
Resumo
A liberdade de expressão é um direito universal, e em Moçambique é um direito fundamental, como estipulado na Constituição da República. Umas das formas de efetivação desse direito é a participação na esfera pública, onde, nos últimos tempos são caracterizadas por se realizarem discussões nos meios de comunicação de massas tradicionais e nas redes sociais, sendo o povo representado pelos líderes de opinião. Com a evolução das sociedades, as dificuldades de controlar quem tem ocupado o lugar de líder de opinião aumentou drasticamente, trazendo como consequência a falta de ética. Mas, também, muitas são as vezes que a ética proposta, provém de ideias ocidentais que dificultam o cumprimento da mesma por não representar o modus Vivendi, modus operandi e modus facendi das comunidades africanas. Neste diapasão, propomos um modelo de ética na esfera pública a partir dos princípios Ubuntu, guiados pelos seguintes objectivos específicos: conceituar e caracterizar a ética; definir e descrever aspectos gerais da esfera pública; apresentar os princípios ubuntu; e, por fim, elaborar um modelo de ética na esfera pública a partir dos princípios ubuntu. Para elaboração do artigo, houve necessidade de revisão bibliográfica, acompanhada de uma exegese hermenêutica tendo como foco a filosofia africana ubuntu, que nos conduziu a seguinte conclusão: um líder de opinião deve ter o cuidado com o outro e saber partilhar, conviver com os outros (o povo), ser humilde, ter compaixão e ser solidário de modo a sentir a emoção de quem representa, sentir-se e inspirar aos outros a sentirem-se responsáveis do desenvolvimento social, apresentar-se sempre disposto a usar o seu potencial ao bem comum e dar a mesma oportunidade à todos.
Palavras-chaves: Princípio Ubuntu; Ética; Esfera pública.