Conferências UEM, XIII CONFERÊNCIA CIENTÍFICA DA UEM: 50 anos de Independência de Moçambique

Tamanho da fonte: 
PADRÃO DE CONSUMO ANÁLISE QUÍMICA DE BELDROEGA, FOLHAS DE BATATA-DOCE E GUCHA: DISTRITO DE BOANE
Natercia Iolanda Claudio Madeira

Última alteração: 2025-07-16

Resumo


INTRODUÇÃO: Aborda a problemática da segurança alimentar versus o consumo de plantas não convencionais de disponibilidade local. OBJECTIVO: A pesquisa tem como objectivo geral avaliar o padrão de consumo e realizar a análise química das plantas, no distrito de Boane. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo quantitativo, observacional e transversal, com abordagem descritiva analítica. Foram realizadas análises laboratoriais de folhas de beldroega, batata-doce e gucha, e cerca de 38 entrevistas atraves de questionário estruturado no distrito de Boane. Os dados foram analisados com técnicas de análises de Teste Qui-quadrado e ANOVA para comparação entre espécies. RESULTADOS: Os dados preliminares evidenciaram que as folhas de batata-doce apresentaram maior teor de fibras (29,79%), seguidas da beldroega (24,43%) e da gucha (18,65%), evidenciando seu potencial nutricional. Quanto ao Questionário de frequência alimentar, a maior parte dos participantes era do sexo feminino (97,4%), entre 31 e 45 anos (36,8%). Em Massaca e Mahubo, 81,6% relataram o consumo destas plantas. Apesar de 86,84% declararem conhecimento básico sobre as espécies, o consumo efectivo concentrou-se nas folhas de batata-doce (84,2%), enquanto a gucha e beldroega apresentaram consumo baixo (5,3%). A principal barreira foi a falta de conhecimento sobre preparo e benefícios (36,8%). No entanto, todos os entrevistados manifestaram interesse em aprender mais sobre cultivo das mesmas. CONCLUSÃO: Conclui-se que há potencial para promover estas espécies como alternativas nutricionais viáveis. A lacuna entre conhecimento e prática alimentar indica a necessidade de acções educativas que estimulem o cultivo e consumo sustentável dessas plantas ricas em fibras.

Palavras-chave: Padrão de consumo, plantas não convencionais, fibras, Segurança alimentar