Conferências UEM, XIII CONFERÊNCIA CIENTÍFICA DA UEM: 50 anos de Independência de Moçambique

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A CABEÇA PENSA ONDE PISAM OS PÉS: ESTUDANTES DESENVOLVENDO INOVAÇÕES PARA PROBLEMAS SOCIOAMBIENTAIS DE SUA REGIÃO
Marco Braga

Última alteração: 2025-07-18

Resumo


Introdução- Existem muitas regiões no planeta que vem sofrendo com os efeitos das mudanças climáticas. Hoje o ACNUR (UNHCR) já aceita chamar populações deslocadas forçadamente pelas mudanças climáticas como “refugiados”. As causas desses fenômenos estão fortemente associadas à matriz energética que foi implementada ao longo de décadas em grande parte do mundo. Mas são as populações do sul global que mais sofrem com os efeitos dessas mudanças.  Existem muitos estudantes universitários do sul-global que podem dar soluções para os problemas das comunidades da sua região afetadas pelas mudanças climáticas, gerando inovações sociais.

Objetivo- O objetivo desse projeto é levar estudantes do ensino superior a entrarem nas comunidades vulneráveis de suas regiões, desenvolvendo habilidades e competências para investigar e solucionar problemas socioambientais concretos. Essas ações visam criar projetos de transição energética em pequena escala enraizando os estudantes em suas regiões. A cabeça pensa onde pisam os pés. Estudantes do sul-global pensando problemas de territórios pouco atendidos pela ciência e tecnologia produzida pelas universidades.

Metodologia- O projeto foi desenvolvido como protótipo de uma metodologia que envolve: estudo e análise de um problema; busca por soluções (brainstorm); prototipagem da solução em bancada; apresentação e busca de parceiros para implementá-la. Esse processo foi acompanhado por investigadores que procuravam compreender como esses estudantes se organizaram e operam em cada fase da busca de soluções.

Resultados e Conclusões- A investigação permitiu perceber que essa metodologia é apenas a porta de entrada da concretização dessas soluções. O curto tempo utilizado na forma de “hackathon” não permitiu uma prototipagem em pequena escala com as comunidades. Isso deixou as soluções no campo das tecnologias sociais, não permitindo que se transformassem em inovações sociais, porque não foi verdadeiramente absorvida pelas comunidades.