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AVALIACAO DA RESISTENCIA AO ARRANCAMENTO DE PREGOS EM MADEIRAS DE BRACHYSTEGIA SPICIFORMIS E JULBERNARDIA GLOBIFLORA
Evidelto Agostinho Mudumela

Última alteração: 2025-07-15

Resumo


AVALIACAO DA RESISTENCIA AO ARRANCAMENTO DE PREGOS EM MADEIRAS DE BRACHYSTEGIA SPICIFORMIS E JULBERNARDIA GLOBIFLORA

EVIDELTO MUDUMELA

ANDRADE EGAS

Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal - Universidade Eduardo Mondlane

Departamento de Engenharia Florestal

Mocambique- Maputo

evideltoeamdoce@gmail.com

Introdução

A madeira em construções é uma solução para estruturas baratas e resilientes, alem de representar uma altarnativa para sustentabilidade e diminuição da degradação ambiental causada pela indústria de construção civil, além de ser um material que possui óptimas propriedades mecânicas, e uma agradável estética em termos arquitetónicos.

Objectivo

Este estudo teve como objectivo avaliar a resistência ao arrancamento de pregos em madeiras das messassas Brachystegia spiciformis e Julbernardia globiflora, e do pinho Pinus taeda para fins estruturais.

Metodologia

Os testes foram realizados segundo a norma ASTM D 1761-2012. Usaram-se 20 corpos de prova por espécie (5x5x15 cm): 10 com pregos de 3,6 mm e 10 com pregos de 4,7 mm de diâmetro. As amostras foram aclimatizadas até atingirem 14±1% de humidade. Inseriram-se dois pregos em cada plano anatómico e, em seguida, foi feito o teste de arrancamento numa máquina universal de ensaios de resistência mecânica.

Resultados

Os resultados indicam que os valores de resistência ao arrancamento de pregos variaram de 1053,46 a 4406,78N para as messassas e de 1315,00N a 2566N para o pinho, em função do diâmetro do prego e do plano anatómico considerado. Para o prego de 3,6mm P. taeda apresentou maior resistência ao arrancamento em relação a B. spiciformis. Quanto ao prego de 4,7mm, não foram verificadas diferenças estatisticamente significativas entre B. spiciformis e P. taeda. Por sua vez J. globiflora apresentou valores de resistência ao arrancamento com diferenças estatisticamente significativas e maiores que os de P. taeda. Não foram verificadas diferenças estatisticamente significativas entre os planos tangencial e radial; apenas o plano transversal mostrou diferenças estatisticamente significativas em todas as espécies assim como diâmetros do prego.

Conclusões

Conclui-se que J. globiflora possui maior potencial para uniões com pregos em aplicações que exijam elevada resistência, como em estruturas de tecto de madeira resilientes às mudanças climáticas.

Palavras-chave: Construções de madeira, pinos metálicos, densidade da madeira, Brachystegia spiciformis, Julbernardia globiflora.