Conferências UEM, XIII CONFERÊNCIA CIENTÍFICA DA UEM: 50 anos de Independência de Moçambique

Tamanho da fonte: 
BIOMARCADORES DE EFEITO E PROTEÍNA TOTAL NA MONITORIA AMBIENTAL DA POLUIÇÃO POR PESTICIDAS EM PEIXES
Nadia Antonio Namunaua

Última alteração: 2025-07-08

Resumo


Introdução: O uso intensivo de pesticidas na agricultura tem provocado crescente contaminação dos ecossistemas aquáticos, comprometendo a saúde de organismos não-alvo, como os peixes, e representando riscos à saúde humana. Dentre os organismos aquáticos, Oreochromis mossambicus destaca-se como espécie bioindicadora por sua sensibilidade a alterações ambientais. Alterações fisiológicas, bioquímicas e nutricionais causadas pela exposição a pesticidas podem ser avaliadas por meio de biomarcadores de efeito e do teor de proteína total, considerados ferramentas promissoras para o monitoramento ambiental.

Objectivo: Avaliar o uso de biomarcadores de efeito e do teor de proteína total como ferramentas de monitoramento da poluição por pesticidas em O. mossambicus, na bacia do rio Umbeluzi.

Metodologia: A metodologia inclui entrevistas aos  agricultores para identificar práticas de uso de pesticidas, além de colheitas sazonais de água e peixes. Os peixes serão submetidos a bioensaios com diferentes concentrações de pesticidas ambientais. Serão analisados biomarcadores de neurotoxicidade (AChE), hepatotoxicidade (SOD, CAT, GST, GR) e genotoxicidade (ensaio cometa). A presença de resíduos será verificada por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (GC-MS). A análise estatística será realizada no STATA 14, por meio de ANOVA e testes de correlação.

Resultados Esperados: Espera-se encontrar alterações relevantes nos biomarcadores e no teor de proteína total dos peixes expostos, demonstrando a eficácia desses indicadores como ferramentas sensíveis e integradas para o monitoramento ambiental. Esses dados podem fortalecer políticas públicas, incentivar práticas agrícolas sustentáveis e promover a proteção da saúde humana e ambiental.

 

Palavras-chave: Pesticidas, Oreochromis mossambicus, biomarcadores, poluição ambiental.