Última alteração: 2025-07-17
Resumo
INTRODUÇÃO: A agricultura é responsável por cerca de 11% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE), com o cultivo de arroz contribuindo significativamente para esse total. Estima-se que os arrozais respondam aproximadamente 11% das emissões globais de metano (CH₄), um gás com potencial de aquecimento global 28 vezes superior ao do dióxido de carbono (CO₂). Esse cenário destaca a importância de estratégias agrícolas mais sustentáveis para mitigar os impactos das mudanças climáticas. OBJECTIVO: O objetivo deste estudo é analisar as mudanças nas emissões de CH₄ e N₂O do solo devido à conversão de campos de arroz para cultivo de milho, avaliar as alterações subsequentes no rendimento, nutrição dos grãos e fertilidade do solo ao longo de um período prolongado, e monitorar a adaptação do solo e o impacto nas suas propriedades. METODOLOGIA: O estudo comparou três parcelas: milho convertido de arrozal, milho convencional e arroz. As culturas receberam adubação adequada e foram cultivadas com densidades específicas. As emissões de CH₄ e N₂O foram medidas semanalmente com câmaras estáticas e analisadas por cromatografia gasosa. O Potencial de Aquecimento Global foi calculado conforme o IPCC. Foram monitorados semanalmente parâmetros das plantas (altura, perfilhamento, clorofila) e do solo (pH, Condutividade Eletrica, temperatura, potencial redox e umidade) de 2022 a 2024. RESULTADOS : A conversão de arrozais para campos de milho reduziu significativamente as emissões de CH₄, embora tenha aumentado as de N₂O. Ainda assim, o potencial de aquecimento global total foi menor nos campos convertidos. A produtividade do milho melhorou com o tempo, com maior teor proteico, e o solo mostrou boa adaptação. CONCLUSÃO: A conversão se mostrou uma estratégia promissora para mitigar mudanças climáticas, desde que acompanhada de manejo adequado para controlar as emissões de N₂O.
PALAVRAS-CHAVE: EMISSÃO DE GASES DE EFEITO ESTUFA. CONVERSÃO NO USO DE TERRA. CULTIVO DE ARROZ E MILHO.