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Introdução: Estima-se que 1 em cada 3 pessoas vivendo com HIV (PLHIV) em seguimento, tenha doença avançada por HIV (AHD) e apresente alto risco de morte por doença oportunista grave (definidora do estadio 3 ou 4) se não tiver acesso atempado de medicamentos. Em Moçambique, AHD apresenta elevada taxa de mortalidade que varia de 25% a 50%. A disponibilidade e o acesso atempado desses medicamentos, contribuem para o tratamento das complicações/doenças oportunistas definidoras de AHD.

Objectivo: Avaliar a frequência de roturas de stock de medicamentos, para tratamento de doença avançada por HIV,  no Hospital Central de Quelimane, primeiro semestre de 2024.

Materiais e Métodos: Foi realizado um estudo exploratório prospectivo e quantitativo de Janeiro à Junho de 2024, no Hospital Central de Quelimane, Moçambique. Foi analisado o stock de 23 medicamentos, usando o Sistema de Informação de Medicamentos e Artigos Médicos (SIMAM). Foi definido como rotura stock, a quantidade disponível igual a zero. Estatísticas descritivas foram realizadas no microsoft office excell 2010.

Resultados: Dos 23 medicamentos essenciais para o manejo da AHD em Moçambique, verificou-se que cerca de 52% (12/23), registaram rotura de stock em pelo menos um mês, com uma média de 7.33 (31%) medicamentos em rotura de stock por mês. O mês de Março, registou mais rotura de stock com 43.4% (10/23), e baixa rotura nos meses de Janeiro, Maio e Junho, todos com 26% (6/23) cada mês, nos seis meses houve rotura de stock de medicamentos como: Cloreto de Potássio, Codeína, Ceftriaxona e Isoniasida.

Conclusão: O Hospital Central de Quelimane, registou alta frequência de falta (rotura de stock) de medicamentos essenciais para tratamento de AHD, o que evidencia a descontinuidade de cuidados e tratamentos, colocando em causa os esforços para controlo e redução da morbidade e mortalidade associada ao HIV.

Palavras-Chaves: Stock, Rotura, HIV, Quelimane