Conferências UEM, XIII CONFERÊNCIA CIENTÍFICA DA UEM: 50 anos de Independência de Moçambique

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ENSINO E APRENDIZAGEM NO MODELO HÍBRIDO EM MOÇAMBIQUE: UMA JUSTAPOSIÇÃO OU PARADOXO?
Florescencio Luís Tumbo

Última alteração: 2025-07-17

Resumo


Introdução: O artigo explora o conceito de ensino híbrido, introduzido como uma resposta à necessidade de continuidade no ensino durante a pandemia da COVID-19 em Moçambique. Com a combinação de actividades presenciais e digitais, o ensino híbrido emergiu como alternativa, apesar de sua ausência no regulamento educacional do país antes da pandemia no contexto do Ensino Secundário. Em Moçambique, o ensino híbrido enfrenta desafios significativos. Destarte, a falta de compreensão desta modalidade, aliada à inadequação da legislação educacional existente e limitações de infraestrutura e acesso às tecnologias, criam barreiras para sua implementação eficiente. Objectivo: O objectivo central do artigo é analisar os conceitos e implicações do ensino híbrido no contexto educacional moçambicano, especialmente no ensino secundário, destacando avanços pedagógicos e desafios práticos. Metodologia: O estudo adopta uma abordagem qualitativa, com revisão bibliográfica. Explora perspectivas acadêmicas sobre o ensino híbrido, priorizando produções científicas dos últimos cinco anos, acessadas em bases de dados como Scielo e Google Académico. Resultados: Os resultados indicam que, apesar do potencial transformador do ensino híbrido, sua implementação em Moçambique é limitada. Há esforços pontuais, como iniciativas universitárias para disponibilização de dispositivos tecnológicos, mas a desigualdade digital persiste, afectando estudantes e professores. Conclusões: O ensino híbrido é apresentado como uma metodologia promissora que coloca o estudante como protagonista e o professor como mediador, orientador e facilitador do E-A. Contudo, sua operacionalização em Moçambique ainda enfrenta lacunas significativas em infraestrutura, capacitação docente e recursos financeiros. Superar esses desafios requer esforços conjuntos do governo, instituições de ensino e comunidades.

Palavras-chave:Ensino hibrido, ensino secundário, aprendizagem.