Última alteração: 2025-05-07
Resumo
S. H. Bartolomeu[1]
J. B. Sandaca[2]
J. B. Luís[3]
Resumo
Analisam-se neste artigo, construções retiradas nos textos produzidos pelos estudantes do ensino superior das Universidades Zambeze e Púnguè situados em Moçambique. Este país possui mais de 40 línguas de grupo bantu segundo as estatísticas nos estudos de WACHE (2018) passando assim a ser considerado como multilíngue e essa diversidade linguística influencia em todos os níveis a língua Portuguesa por isso neste trabalho pretendemos perceber as influências destas línguas na vertente escrita do português. Para a recolha de dados, recorremos a técnica de produção textual espelhando-se no género do texto crítico. A escolha deste género justifica-se na reflexão que fariam no processo de produção de textos provenientes de suas capacidades cognitivas. No final se teve um total de Cem (100) textos dos quais foi retirada uma construção para análises. Após a análise de dados verificamos que os estudantes (1) não possuem o conhecimento da forma correcta na escrita de alguns léxicos, (2) fazem interferência da oralidade para escrita e (3) fazem a tradução directa da língua bantu para o português, e esses problemas podem ser associados, segundo SIOPA (s/d) a falta de preparação adequada dos alunos na escola secundária por causa do enchimento de salas de aulas e falta de bibliotecas comunitárias.
Palavras – chave: Interferência linguística, variação linguística produção textual, ensino superior.
[1]Universidade Zambeze – Faculdade de Ciências Agrárias, Departamento de Disciplinas Gerais, Moçambique, Tete, sousahoracio5@gmail.com
[2]Universidade Púnguè – Extensão de Tete, Departamento de Linguagem Comunicação e Artes, Moçambique, Tete, sandacaj@gmail.com
[3] Universidade Zambeze – Faculdade de Ciências Agrárias, Departamento de Engenharia Agropecuária, Moçambique, Tete, jaquetaluis2@gmail.com