Última alteração: 2025-07-15
Resumo
Introdução:
A resistência antimicrobiana representa uma ameaça crescente à saúde pública, especialmente em ambientes hospitalares. Enterococcus spp., particularmente E. faecalis e E. faecium, são patógenos oportunistas associados a infecções graves, como bacteremias e infecções do trato urinário. A disseminação de genes de resistência, como vanA e vanB, tem comprometido a eficácia de antimicrobianos essenciais, exigindo vigilância contínua e estratégias de controle mais eficazes.
Objetivos:
Este estudo revisou o perfil de suscetibilidade antimicrobiana e a caracterização molecular de Enterococcus spp. e outras bactérias isoladas de amostras de urina e sangue de pacientes internados, com ênfase na disseminação de genes de resistência e suas implicações para a saúde pública.
Metodologia:
Foi realizada uma revisão sistemática de artigos publicados entre 2010 e 2023, selecionando estudos conduzidos em ambientes hospitalares sobre Enterococcus spp., resistência antimicrobiana e caracterização molecular. A análise incluiu dados epidemiológicos, mecanismos de resistência e implicações clínicas.
Resultados:
Os principais patógenos identificados foram E. faecalis e E. faecium, com taxas de resistência de 30% à vancomicina e 40% aos aminoglicosídeos. Os genes vanA e vanB foram predominantes entre os isolados resistentes. Além disso, outras bactérias, como Escherichia coli, apresentaram alta resistência a carbapenêmicos, reforçando a necessidade de vigilância microbiológica integrada.
Conclusões:
A alta taxa de resistência antimicrobiana em Enterococcus spp. e outros patógenos hospitalares destaca a necessidade de políticas públicas mais robustas, controle rigoroso de infecções e uso racional de antimicrobianos. Estudos futuros devem priorizar a implementação de estratégias de vigilância molecular para conter a disseminação da resistência.
Palavras-chave: Enterococcus spp., resistência antimicrobiana, caracterização molecular, vigilância hospitalar.