Aspergillus flavus é um dos principais fungos do armazém produtor de aflatoxinas que afecta principalmente cereais e leguminosas de grão. A contaminação do amendoim com fungos constitui um problema para os produtores e consumidores devido à deterioração e produção de aflatoxinas. O objectivo deste trabalho consistiu em avaliar o efeito de extractos botânicos das espécies Combretum molle, Kigelia africana e Securidaca longepedunculata no controlo micelial de Aspergillus flavus em grãos de amendoim. Os extractos foram avaliados in vitro e in vivo, onde foram homogeneizados no meio de cultivo Potato Desoxiribose Agar nas concentrações de 1.25, 2.5 e 5 mg/ml. Os extractos que proporcionaram maior eficácia no controlo do fungo in vitro foram seleccionados para o ensaio in vivo. Para avaliação in vivo, grãos de amendoim foram previamente tratados com extractos, inoculados com uma suspensão de Aspergillus flavus e armazenados por 30 dias a temperatura ambiente. Com excepção de Securidaca longepedunculata, extractos de Combretum molle e Kigelia africana inibiram o crescimento micelial de A. flavus in vitro em mais de 50% em todas concentrações testadas tendo se destacado a espécie Combretum molle com uma inibição de 100% com aplicação de 5mg/ml seguida de raiz de Kigelia africana em 96% com 2,5mg/ml. Em grãos armazenados os resultados mostraram maior eficácia dos extractos de casca de Kigelia africana na concentração 2,5mg/ml e Combretum molle com 5mg/ml, tendo reduzido a incidência de Aspergillus flavus em 80% e 75% respectivamente. O efeito demonstrado com aplicação de Kigelia africana e Combretum molle nas concentrações supracitadas não se diferiu com o controlo usando um fungicida comercial, demonstrando deste modo o potencial como alternativa amiga do ambiente para ser usado no controlo de Aspergillus flavus em grãos de amendoim.

Palavras Chave: Aspergillus flavus, amendoim, extractos, eficácia