Nos últimos anos Moçambique tem sofrido desastres naturais de grande escala provocadas pelas mudanças climáticas que são a principal causa da subida do nível do mar, cheias e ciclones tropicais provocados pelos gases de efeito estufa. Nesta pesquisa foi proposta a incorporação de etanol na gasolina por forma a mitigar estas calamidades. O etanol foi sintetizado pelo melaço da cana-de-açúcar e a fermentação foi optimizada pela captura do dióxido de carbono (CO₂) por absorção química, gás este que afecta directamente o metabolismo das leveduras de género saccharomyces cerevisiae usando como adsorvente água de cal. A condição óptima da fermentação foi de 20 ^obrix de concentração, pH de 4.5–5 e a uma temperatura na faixa de 27–31 ^oC, obteve-se uma eficiência de 84.99% no processo de fermentação e etanol com 95^oGL que foi incorporado na gasolina. Por fim, determinado a fracção do etanol na gasolina com o auxílio de um refratómetro e definiram-se as propriedades teóricas da mistura, fez-se a simulação da mistura gasolina–etanol e da gasolina pura usando especificações do motor 4GR–FSE. Através da simulação constata-se que a adição do etanol, anidro ou hidratado, na gasolina reduz significativamente as emissões de óxidos de nitrogénio (NOx), devido ao alto calor de vaporização do etanol e a presença da água no cilindro. Porém faz com que o combustível tenha maior consumo específico que a gasolina pura em consequência de o etanol ter menor poder calorifico que a gasolina. Portanto, a captura de dióxido de carbono revelou-se uma prática de engenharia verde e a incorporação de etanol na gasolina mostrou-se promissor na redução dos gases de efeito estufa.

Palavras chaves: Captura de CO₂.