Conferências UEM, XII CONFERÊNCIA CIENTÍFICA DA UEM 2023: Investigação, Extensão e Inovação no Contexto das Mudanças Climáticas

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AVALIAÇÃO DO TEOR DE METAIS PESADOS EM ÁGUAS ENGARRAFADAS
Bina Aurora Simião Laquene

Última alteração: 2023-08-07

Resumo


RESUMO

Em Moçambique, o consumo de água engarrafada tem crescido nas zonas urbanas, devido a fatores como a disponibilidade de água potável, infraestruturas de tratamento de água e confiança na qualidade da água da torneira. Estas águas são conhecidas por sua pureza e riqueza em minerais essenciais dissolvidos que oferecem benefícios para a saúde. Entretanto, alguns minerais, quando consumidos em excesso, podem comprometer a qualidade da água e serem diretamente prejudiciais à saúde. A intoxicação por metais se desenvolve lentamente e muitas vezes só pode ser identificada após anos ou décadas. O presente estudo teve como objetivo avaliar a concentração de metais pesados em águas engarrafadas comercializadas nas cidades de Maputo e Matola e comparadas com os descritos, nas normas da organização mundial de saúde (OMS) e dos Estados Unidos (EPA) tendo em conta, a ingestão diária recomendável e os limites admissíveis para a saúde do organismo humano. Foram coletadas 12 marcas nacionais e 2 internacionais em Outubro e Novembro de 2022 e, analisadas as concentrações dos seguintes metais pesados: arsénio, chumbo, níquel, selénio, tálio e urânio recorrendo ao método de Espectrometria de Emissão Óptica com Plasma Acoplado Indutivamente (ICP-OES). Os resultados verificados da pesquisa evidenciaram três marcas com ausência de metais pesados, nove marcas com concentrações acima dos limites máximos estabelecidos pela legislação, das quais quatro com arsénio, chumbo e níquel, duas marcas com selénio, cinco marcas com urânio e nove marcas com o tálio. Estas marcas de água não podem ser destinadas ao consumo humano. Desta forma, recomenda-se atenção na fiscalização das águas engarrafadas.

 

Palavras-chaves: água engarrafada e metais pesados.