O património cultural desempenha um papel fundamental na identidade e memória de uma sociedade. Nesse contexto, o Cine-Teatro Scala emerge como um exemplo significativo de preservação e valorização desse legado. Com recurso a revisão de literatura, trabalho de arquivo e entrevistas com actores chave do mundo das artes no país, este artigo examina a importância do Cine-Teatro Scala como um espaço de preservação do património cultural moçambicano destacando a sua contribuição produção e exibição cultural no país. O artigo argumenta que, desde a sua inauguração em 1931, o Cine-Teatro se estabeleceu como um edifício histórico com arquitectura única e como espaço de socialização cultural de povos de diversas origens. Este espaço tem atravessando diversas etapas da história de Moçambique sem perder o seu propósito de servir de ponto de encontro para diversas formas de arte como o cinema, teatro, dança e música. Como parte da identidade arquitectónica da cidade de Maputo, o Cine-Teatro Scala mantem a sua arquitectura e autenticidade servindo de um dos atractivos culturais do país. A preservação da arquitectura original deste espaço, garante que as gerações futuras possam vivenciar, apreciar e conectar-se com o passado, criando condições para a construção da memória colectiva do país.

Palavras-chave: Moçambique, Cine-Teatro Scala, património, memória.