Última alteração: 2023-08-03
Resumo
A, GUISSEVE1,2, J.C. HURTADO3, N. RAKISLOVA3, F. FERNANDES1,2, M. NAVARRO3, I. CASAS3, L. LOVANE1,2, J. NAVERO3, C. LORENZONI1,2, , L. MARIMON3, A. COSSA4, V. MUIUANE1,2, I. MANDOMANDO4, J.VILA3, Q. BASSAT3,4,5,6,7, C. MENÉNDEZ3,4,5, M.R. ISMAIL1,2, M. J. MARTÍNEZ3,8, J. ORDI3 C. CARRILHO1,2
- Faculdade de Medicina, Universidade Eduardo Mondlane
- Hospital Central de Maputo
- ISGlobal, Hospital Clinic de Barcelona e Universitat de Barcelona
- Centro de Investigação em Saúde de Manhiça, Maputo
- Consorcio de Investigación Biomédica en Red de Epidemiología y Salud Pública (CIBERESP), Madrid
- ICREA, Catalan Institution for Research and Advanced Studies, Barcelona
- Hospital Sant Joan de Déu (University of Barcelona), Barcelona
- Centro de Investigación Biomédica en Red de Enfermedades Infecciosas (CIBERINFC), Madrid
INTRODUÇÃO: Autópsia minimamente invasiva (MIA) é uma alternativa à autópsia diagnóstica completa (CDA) para determinação de causas de morte (CoD), informação crucial para reduzir a mortalidade. No entanto, nos Países de baixa e média renda, as autópsias raramente são feitas nas primeiras horas após a morte.
OBJECTIVOS: Avaliar o impacto do intervalo pós-morte (IPM) na precisão diagnóstica de MIAs sequencialmente realizadas no mesmo indivíduo em diferentes IPM; Analisar a evolução dos achados histológicos e microbiológicos com o aumento do IPM.
MÉTODOS: Estudo prospectivo intervencional, que incluiu 9 adultos (entre os 25-82 anos; idade mediana de 34 anos) falecidos no Hospital Central de Maputo entre Junho/2017-Janeiro/2018. Realizaram-se as MIAs 24, 48 e 72 horas após a morte, seguida de CDA. Realizou-se o estudo histológico das amostras colhidas após inclusão em parafina, e o estudo microbiológico em amostras congeladas a -80ºC por cultura e testes moleculares. A CDA realizou-se imediatamente após a última MIA. Avaliaram-se as CoDs e analisou-se a evolução dos achados histológicos e microbiológicos com o aumento do IPM. Realizou-se estatística descritiva com apresentação em frequências e proporções e a comparação semi-quantitativa dos resultados microbiológicos para cada MIA usando ANOVA. O nível de significância estatística foi de p <0.05.
Resultados: À excepção de 1 caso, todas as MIAs realizadas em diferentes IPM determinaram a causa imediata de morte e os principais achados patológicos observados na CDA. As enterobacteriaceae aumentaram significativamente com o aumento do IPM nas MIAs. (p<0.0001). Em contraste, o número de fungos e parasitas não aumentou; o número de identificações de vírus diminuiu com o aumento do IPM.
CONCLUSÕES: A MIA pode identificar as causas de morte e outros achados patológicos principais tal como a CDA, mesmo 72 horas após a morte.
Palavras-chave: Autópsia minimamente invasiva; autópsia diagnóstica completa; causa de morte; intervalo pós-morte; sobrecrescimento bacteriano.
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