Conferências UEM, XII CONFERÊNCIA CIENTÍFICA DA UEM 2023: Investigação, Extensão e Inovação no Contexto das Mudanças Climáticas

Tamanho da fonte: 
DETECÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DA OCORRÊNCIA NATURAL DE FUNGOS AFLATOXIGÉNICOS NO MILHO, AMENDOIM E SOLO
Mariamo Machado Parruque

Última alteração: 2023-07-31

Resumo


M. Parruque1; E. Cambaza2, L. Rodrigues3; J. Silva4; T. Magaia1

1UEM; 2UnISCED; 3IHMT-NOVA; 4Universidade de Brighton; 5UEM

 

Eixo Temático: Saúde

Resumo

A contaminação de alimentos por fungos produtores de aflatoxinas representa um desafio para a segurança alimentar, devido à colonização dos alimentos por esses fungos, e para a saúde pública, devido aos riscos associados, ao desenvolvimento do carcinoma hepático (HCC).

No entanto, em Moçambique, ainda há uma carência de informações documentadas sobre a presença desses fungos nos campos agrícolas e sua associação com a produção de aflatoxinas.

O objetivo deste estudo foi identificar fungos aflatoxigénicos no milho, amendoim e solo da região sul de Moçambique.

As amostras foram coletadas aleatoriamente em cinco pontos amostrais da província de Maputo: Boane, Boquisso, Manhiça, Marracuene e Umbeluzi. Utilizando o método de coleta em zig-zag em cada campo de cultivo, os fungos foram cultivados em Ágar Nutriente por 5 dias, a uma temperatura de 25°C, na estufa. Em seguida, foram realizadas análises macroscópicas com o auxílio de uma lupa, análises microscópicas com o auxílio do microscópio e a identificação dos fungos foi realizada utilizando atlas, manuais e artigos científicos. As análises estatísticas foram conduzidas utilizando o pacote estatístico One-way ANOVA, com um nível de significância de 5%. Os resultados revelaram que no amendoim a frequência de fungos aflatoxigénicos, pertencentes ao género Aspergillus, foi de 2,62%, enquanto a alta frequência de fungos não toxigénicos foi de aproximadamente 87,55%. No milho, os fungos potencialmente aflatoxigénicos foram mais prevalentes com uma frequência de 89,7%, e incluíam espécies como Fusarium sp. e Penicillium sp., enquanto a frequência dos não aflatoxigénicos foi de 10,3%. Finalmente, nenhuma presença de fungos potencialmente aflatoxigénicos foi encontrada no solo. As análises estatísticas revelaram diferenças significativas na frequência de fungos aflatoxigénicos em comparação com os não aflatoxigénicos. Esses resultados destacam a necessidade de um monitoramento contínuo da contaminação de alimentos básicos por fungos, a fim de garantir a segurança alimentar.

 

Palavras-chave

Aflatoxinas, Agricultura, Fungos, Segurança Alimentar