G.F Cuche

O mangal é um dos ecossistemas mais sensíveis que ocorre na costa moçambicana. Desta feita torna-se pertinente a necessidade de adoptação de medidas e estratégias de gestão no uso e aproveitamento deste recurso natural. A escolha do município de Inhambane, como área de estudo, deve-se á importância turística deste município e principalmente pelo facto de grande parte dos munícipes terem como base de sobrevivência a actividade pesqueira. O presente artigo tem por objectivo ilustrar reais impactos da acção humana nos ecossistemas de mangais, para que, a partir da identificação das fragilidades, se possa propor uma série de acções que contribuam para uma melhor gestão do uso e aproveitamento do mangal, tendo em conta o crescimento e desenvolvimento sustentável do município. O trabalho teve seu enfoque na pesquisa qualitativa (conjugada ao método quantitativo). Foi igualmente necessário o uso de diferentes técnicas que complementando-se puderam trazer melhores resultados, sendo elas: a pesquisa bibliográfica, observação, aplicação de questionários e a interpretação dos mesmos. As formações de mangais são exploradas não tendo em consideração a gestão desse recurso na perspectiva de uma base mais sustentável. No município de Inhambane às comunidades tem feito o uso e aproveitamento desse ecossistema como fonte de lenha para agregados familiares, fonte de colheita de estacas para construções precárias, recolha de moluscos, crustáceos e pesca. Contudo, nota-se que essa intervenção tem trazido alguns impactos negativos que podem a médio e longo prazo comprometer o equilíbrio ecológico costeiro, podendo o Município, futuramente, enfrentar problemas de produtividade biológica do ecossistema, culminando por exemplo com a redução da produção do camarão, caranguejo, e outros malefícios, como por exemplo a redução de barreiras naturais a erosão e ventos fortes.

Palavras-Chave: Mangais, Aproveitamento, Sustentabilidade, Inhambane.