Introdução: A infecção pelo vírus de imunodeficiência adquirida (HIV) é uma pandemia que afecta mais as mulheres em idade fértil, sendo responsável por 20% das novas infecções entre adultos. Para a eliminação do HIV, várias estratégias enfocam-se na mulher grávida, com enfoque na  prevenção da transmissão vertical. Para tal , é necessário a identificação precoce das mulheres grávidas HIV positivas (HIV+) para o inicio imediato da terapia anti-retroviral (TARV).

Objectivo: Deste estudo foi de analisar a cobertura da prevenção de transmissão vertical (PTV) na consulta pré-natal (CPN).

Metodologia: Análise descritiva transversal de dados secundários da PTV em Moçambique entre 2012 à 2015. O Processamento e interpretação dos dados foi feito a partir do Microsoft Excel e os resultados foram apresentados em tabelas e gráficos. Usou-se o pacote estatístico Spectrum para a modelagem na elegibilidade da mulher grávida HIV+ esperadas na população.

Resultados: Em 2012 a cobertura de PTV a nível nacional foi de 80%, e foi aumentando para 97% em  2014, 2015 diminuiu para 94%. Verificou-se um decréscimo no  número de mulheres grávidas HIV+ que receberam TARV na CPN de 11.923 (9%) em 2012 até 91.317 (91%) em 2015 e um decréscimo na profiláxia com azidovudine (AZT) de 77.064 (58%) em 2012 até 8.506 (8%) em 2015.

Conclusões: Verificou-se uma evolução considerável da cobertura de PTV de 2012 à 2014 que decresceu até 2015. Para distribuição do tipo de tratamento, houve um aumento no TARV e uma diminuição na distribuição da profiláxia AZT de 2012 à 2015. Recomenda-se a  revisão na modelagem do spectrum para a elegibilidade da mulher grávida HIV+.

Palavras-chaves: Prevenção de transmissão vertical, consulta pré natal, mulher grávida, HIV, TARV.