Avaliação das aprendizagens em tempos de inclusão é um artigo que tem como objetivo refletir sobre as práticas dos professores na sala de aula. A forma como avaliam pode incluir ou excluir crianças com Necessidades Educativas Especiais, daí a necessidade de repensar nos modelos de formação de modo incluí-las no desenho curricular e na formação de professores. Trata-se de uma pesquisa qualitativa e quantitativo, que integrou o estudo de caso e documental com uma amostra global de (N=369) indivíduos, dos quais (n=285) professores responderam ao questionário, (n=34) formadores responderam a entrevista e (n=50) professores cujas suas aulas foram observadas. Os dados empíricos revelaram que a avaliação das aprendizagens no ensino básico é um meio de exclusão das crianças com Necessidades Educativas Especiais. A avaliação das aprendizagens, segundo dados recolhidos, não passa de uma catalogação que só serve apenas, para obter dados numéricos para o preenchimento de mapas estatísticos de aproveitamento pedagógico, com vista à satisfação de procedimentos administrativos da educação. Assim, impõe-se a necessidade de formar professores às exigências das crianças com Necessidades Educativas Especiais e à diferenciação pedagógica para potenciar as aprendizagens na diversidade de alunos e estimular o acompanhamento individualizado das crianças, tornando, assim, a avaliação como regulador do processo de ensino/aprendizagem e não seletiva.