Conferências UEM, X CONFERÊNCIA CIENTÍFICA 2018 "UEM fortalecendo a investigação e a extensão para o desenvolvimento"

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CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO DE FORMAÇÃO DE ESTRELAS DE BAIXA MASSA: MUSCA
Dinelsa António Machaieie

Última alteração: 2018-08-16

Resumo


Neste trabalho estudamos a distribuição do gás e da poeira na nuvem escura Musca por meio de linhas de emissão moleculares e de extinção visual, com vista a caracterizar esta região de formação estelar. Obtivemos mapas de extinção visual desta nuvem usando dados do catálogo 2MASS e analisamos as propriedades de algumas condensações usando dados de emissão das linhas de 13CO, C18O e NH3. Avaliamos a estabilidade de cinco cores densos embebidos em Musca aplicando o modelo de esferas isotérmicas de Bonnor-Ebert. Com base nos resultados de extinção visual concluímos que Musca se comporta como um cilindro autogravitante e possui cinco cores que são potenciais locais de formação estelar, com parâmetro de estabilidade que varia entre 4,6 e 5,7, o que sugere que não estão colapsando. A largura das linhas observadas sugere que a pressão não térmica é que dá maior suporte contra o colapso gravitacional. A análise dos parâmetros físicos mostra que o core que possui um objeto estelar jovem, a fonte IRAS 12322-7023, apresenta valores de extinção visual, densidade central e pressão externa mais elevados do que os demais. No entanto, os restantes parâmetros não mostram nenhuma correlação com a existência ou não de objectos jovens nos cores. Estes resultados sugerem que a extinção visual, a densidade central e a pressão externa são os parâmetros que devem ser explorados para identificar cores com formação estelar em curso.